quarta-feira, 29 de agosto de 2007

VERDADES ?!

Como acreditamos em mentiras, inúmeras mentiras essas que nos são contadas ao passar dos anos. Sabemos que uma mentira contada várias vezes se torna verdade, já dizia o filosofo Nietzsche que “a verdade nada mais é que a mentira que não deu certo”, sendo assim, cabe a nós estarmos duvidando e discordando da verdade absoluta, quando sabemos que tal verdade não existe. Se observarmos, veremos que o quadro pintado pelo grande artista paraibano Pedro Américo, denominado Independência ou morte e mais conhecido como Grito do Ipiranga, pintado em 1888, ou seja, 66 anos após o tal fato e de total inspiração em um quadro fracês da época. O quadro brasileiro foi encomendado e patrocinado pelo seu amigo, na época imperador do Brasil D. Pedro II, exalta-o e o pinta em um belo cavalo com roupas de general e muitos cavaleiros ao seu redor o apoiando e protegendo-o, até o riacho do Ipiranga foi deslocado para mais próximo do ilustríssimo imperador do Brasil. Que essa tal independência politico-financeira não houve, isso está mais que provado e se essa independência veio de fato, chegou tarde, pois também sabemos que o Brasil foi o ultimo país da América latina a conquistar a independência e abolir a escravidão. Teorias levantadas à base de documentos da época dizem que o senhor imperador D. Pedro, decretou a “independência” do Brasil no púlpito do parlamento da capital da colônia que na época se encontrava na cidade do Rio de Janeiro, e só realizou esse ato porque se encontrara pressionado pelos parlamentares. Outra teoria muito aceita é de que Dom Pedro no momento da "proclamação da independência" estaria trajando vestes civicas e não militares e para piorar, o proprio se encontrava com uma pequena indisposição intestinal e momentos antes foi obrigado a fazer uma visita indesejada atrás de uma moita. Segundo consta, seu "lindo" cavalo da pintura na verdade seria um asno e que esse povo todo montado que aparece de montaria não eram tantos assim; mas isso não é interessante para colocar em uma pintura a óleo que retrata um grande marco de suma importância na história do Brasil, e por fim, não observamos a presença do povo no acontecimento retratado no quadro, apenas vemos de longe um carreiro que por sinal nem para o acontecimento está olhando, não podemos esquecer também do distante casebre. O que podemos notar dessa situação toda é o fato de que o autor do quadro quis passar a idéia de que o povo estava presente em um momento tão "historico" para o país, só que de longe, mas mesmo assim, segundo o que o autor tenta passar, é o fato que o povo mesmo de longe estava lá, e o grito não foi dado tão ao léu assim. Sendo assim, que verdade é essa que é nos contada sobre o grito de independência ou morte, que verdade é essa que durante anos e anos aparece ilustrada em livros didáticos de história. O mesmo acontece com o quadro da 1ª missa no Brasil, as imagens também são deturpadas pelo pintor Victor Meirelles. Como o quadro só foi pintado em 1861 há algumas falhas na obra, a mais visível estar na vegetação, como sabemos em 1500 a Terra de Vera Cruz (Brasil) não tinha coqueiros, pois os coqueiros foram trazidos anos depois, na pintura da primeira missa a palmeira aparece, também aparecem muitos nativos no alto das árvores olhando e participando da cerimônia, admirados com o ritual de louvação a Jesus Cristo, como se os nativos tivessem a espera da colonização e da cristianização, isso só prova mais uma vez que as imagens dizem muita coisa. Estamos falando da primeira missa, da independência e estamos esquecendo da 1ª mentira brasileira que foi o famoso descobrimento das terras Tupiniquins. Baseados em cartas e documentos da época contemporânea a do descobrimento, recentemente estudiosos pesquisadores portugueses, franceses e espanhóis, descobriram que Pedro Álvares Cabral já veio sabendo o que iria encontrar e que a aventura ao acaso não foi em vão, não se lançou para o desconhecido tão cego assim. O primeiro português a desembarcar em nossas terras foi um sujeito chamado Duarte Pacheco Pereira (idéia defendida pela maioria dos historiadores) que veio em missão a mando do rei de Portugal Manoel I, em missão secreta, pois a terra recentemente descoberta, pelo o famoso tratado de Tordesilhas de 1494 impedia que Portugal tomasse posse das mesmas, pois se encontravam do lado pertencente à Espanha, pelo o que se sabe até então, Duarte Pacheco veio em novembro ou dezembro de 1498 e atracou nas proximidades onde hoje se encontram os estados do Maranhão (MA) e do Pará (PA). Sendo assim o rei de Portugal achou melhor que a descoberta ficasse em sigilo por algum tempo, apesar de no tratado de Tordesilhas existir um artigo que obrigava ao país que descobrisse alguma terra desconhecida até então informar ao outro. A viagem de Cabral ainda é considerada o descobrimento oficial por puro comodismo ou questão de tradição, já que essa versão é mais antiga; é onde a frase que eu disse que, uma mentira dita várias vezes se torna verdade se encaixa direitinho. O “descobrimento” do Brasil só foi divulgado e dado alguma importância um ano após a carta de Pero Vás de Caminha chegar às terras Lusitanas e as terras descobertas só foram exploradas trinta anos após a chegada de Cabral. A principio as terras de Vera Cruz ficaram para segundo plano, o comercio de especiarias das índias era muito mais lucrativo, chegando a dar lucro de 600% à coroa. Portanto, as coisas não são tão bonitinhas e organizadas como nos contam e como vimos nos livros, a “verdade” não é tão verídica assim, esses foram só três exemplos que como historiador vejo, porém em varias outros ciências ou não ciências existem muito mais verdades não tão verdadeiras assim, a verdade não é uma coisa pronta e perfeita, busque as verdades, procure sempre outra versão e duvide sempre do obvio. que veio em missses, franceses,s, ores cidadentura ao acaso nnizadores, na pintura da primeira missa a palmeira aparece.

SER HOMEM NO BRASIL...

Nesse texto abordarei uma questão tão polemica tal qual: política, futebol e religião. Que é a questão de gênero, mas especificamente abordarei neste artigo a questão do gênero masculino no Brasil, ou melhor, de como é o ponto de vista de “ser homem” em nosso país e de diferentes formas de se comportar como homem em diversas regiões do nosso Brasil. Ser homem no Brasil não é de forma alguma falar de maneira uniforme e imutável, muito pelo contrário, ser homem no Brasil dependendo da região brasileira de onde se estar analisando esse conceito pode ser interpretado em um leque de múltiplas formas e inúmeros significados. A maneira de como se classifica como “macho heterossexual” (que por sinal é bem resolvido sexualmente) para o modelo perfeito de ser que a sociedade de hoje impõe, pode ser de uma forma em uma determinada região e em outra região pode ser a negação dessa forma, o que quero dizer é que o padrão de macho em uma região do país é um conceito, quando em outra região pode ser um conceito totalmente divergente para o mesmo significado. Peguemos como exemplo o conceito de homem “pós-modernos” na região sudeste, pois é um estereotipo que estar em ascensão, o tipo denominado como “metrossexual”, que é aquele homem a qual sua opção sexual é heterossexual e não deixa nem tem vergonha de se cuidar. Cuida do seu corpo de maneira excessiva, retornando o culto ao corpo dos gregos passados, só que com uma diferença, os gregos cuidavam também da mente, o que vemos hoje é apenas um culto ao corpo e a mente se deixa para ultima opção. O metroxessual cuida da estética literalmente falando. Esse tipo de homem pós-moderno passa grande parte de seu tempo em clinicas estéticas fazendo alguns “retoques” em seu corpo, pois nunca estar satisfeito com sua carcaça que futuramente irá servir apenas de comida para micróbios, bactérias e torna-se adubo orgânico! Sempre estão recorrendo a clinicas medicas especializadas em cirurgias plásticas, recebem massagens, banhos especiais com essências perfumadas, fazem as sobrancelhas, depilam o corpo todo, tingem o cabelo, etc. querem ser fortes e sem nenhum percentual de gordura, para isso freqüentam academias durante horas e horas puxando quilos e mais quilos de ferros. Tudo isso em nome de um corpo perfeito. Praticam todos estes atos sem deixarem de ser em momento algum heterossexual. Para o padrão nordestino onde, boa parte dos sertanejos vivem sob um sol escaldante que em média chega a 40°, labutando na roça durante até 12 horas por dia, diariamente, sem domingos nem feriados, fazendo muitas vezes apenas uma ou duas refeições diárias. Inspirados na figura do vaqueiro do gibão, que vai buscar o gado no miolo da vegetação da caatinga, onde a vegetação é seca e espinhenta como o xique-xique, a macambira, o alastrado, etc. Tendo em mente também ser um guerreiro forte como eram (na visão do nordestino) os cangaceiros. Para estes sertanejos que estão sempre na lida pesada e não tem os subsídios dos recursos de beleza estética, o conceito de macho que vigora no nordeste (exceção do litoral) é esse do “cabra valente” e não o conceito do homem do sudeste, por exemplo. O nordestinos acham os sulistas “cheio de frescuras”, pelo fato dos metrossexuais cuidarem exageradamente do corpo. Quanto aos sulistas, eles acham os nordestinos “uns bárbaros”, por se portarem de maneira tão rústica. Esses são apenas dois exemplos sobre conceito de masculinidade no Brasil e em duas regiões brasileiras diferentes, porém, no entanto, o país tem mais três áreas distintas do nordeste e do sudeste. Sendo assim, todas estas cinco regiões brasileiras são totalmente antagônicas culturalmente, isso tudo é em um só país, apenas no Brasil, levando em consideração que o planeta Terra engloba quase duzentas nações a classificação do ser homem complica ainda mais. Partindo do pré-suposto de que, tudo é uma questão cultural, que o ponto de vista de quem olha é muito relativo ao ponto de visto do que é olhado e que esses pontos de vistas dependem muito do meio em que se é educado, não existe uma verdade plena em ser homem e sim há varias verdades, varias maneiras distintas de ser homem.

domingo, 26 de agosto de 2007

PAIXÃO.

Se sou azul, ela é vermelho.
Quando durmo, ela acorda.
Se falo sim, ela quer ouvir um não.
Quando chego, ela nem me esperava.
Então por que gosto tanto dela?
Acho que na realidade...
Gosto de algo denominado diferença.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O DIABO NÃO É TÃO FEIO QUANTO PITAM!

Das poucas coisas que eu tenho certeza na vida, uma delas é que nenhum ser habita tanto a imaginação humana quanto a figura que conhecemos como Diabo, Satã, Belzebu, dentre outras tantas dezenas de nomes denominado a figura referida. Em algumas religiões é mais citado que o próprio Deus! Em plena era da tecnologia, denominada de pós-modernidade ou hiper-modernismo é antagônico pensar que um ser tão obscuro habite o imaginário de todas as culturas existentes na terra, em algumas com mais temor, em outras na figura do não tão mal e até do justo, do que castiga por justiça. Em pleno século XXI, num é que o danado, o tinhoso, ainda estar vivo, e muito bem vivo por sinal. Sejam em qual religião for, Cristã, Muçulmana, Zoroastrismo, Judaísmo, etc. o Pai da mentira está presente em tudo que é de ruim, em tudo de errado, em tudo obscuro, em tudo que se é desconhecido, por trás das doenças, das guerras e de muitas outras coisas que vem trazer o caos, a desordem para o planeta. Apesar do avanço da ciência na modernidade juntamente com a razão, tentou-se desmistificar de certa forma esse sujeito tão asqueroso que permeia as famílias e lares e ainda cerca o dia-a-dia do homem pós-moderno, do homem tecnológico. Qualquer que seja o país, classe social, econômica, cultural. Qualquer um tem seu próprio Diabo, como cada um tem sua idéia de Deus, todos também tem sua própria idéia de Diabo. O Diabo não é mais como se pintavam; um mesclado de animais com cabeça de Bode, corpo de serpente, pés de homem e rabo de cavalo, nem em forma de uma linda mulher sedutora, com o passar do tempo foi se criando uma outra idéia de demônio e com isso outras figuras pitorescas foram criadas para tentar retratar a figura do senhor das trevas e as vezes é retratado só em forma de uma sombra ou uma luz negra em oposto a luz clara que Deus é retratado, há até quem o adore. A dicotomia é gigantesca entre o bem e o mal, o antagonismo sempre existiu e vai existir entre figuras tão maniqueístas como Deus e o Diabo, como já se foi dito, em algumas culturas o mal não é visto como tão mal assim, o mal educa, da forma mais grosseira, ams educa, e em certas ocasiões até interage com o bem, cabendo no julgamento final o mal encarregar-se na função do carcereiro, e fazer com que o réu pague a sentença que o bem julgou. Partindo do pré-suposto econômico, Satã é bem aceito na industria literaria, com variso livros abordando o tema, na cinematográfica com seus milhares de filmes que retratam o capa -preta, e o que dizer então da industria fonográfica com seus metaleiros, cheio de figuras atemporais, transcendentais e bizarras em suas camisetas pretas. O culto ou o repudio ao mal sempre irá existir, o ser humano é um ser imaginário por natureza, e enquanto o ser humano tiver imaginação vai sempre tentar explicar o inexplicável. Se Satã existe ou não, não cabe a mim julgar, nem tampouco cabe a mim explicar se ele é o bem ou o mal, se existe em uma vida transcendental não sei, mas sei que ele existe dentro de mim e de você, caminhando lado a lado com Deus, com o que julgamos o bem. Creio que dentro de cada um de nós essas forças estão sempre em conflito e em união, cabê a nós mesmos decidirmos qual caminho seguiremos. Creio que há de haver sempre essas duas forças oponentes para um melhor equilibrio em nossas vidas.

SOMOS JAVALIS "LIVRES"

Pensar na liberdade humana é sem duvida um assunto muito instigante, pois como podemos ser livres se estamos inseridos dentro de uma sociedade, mesmo que não queiramos pertencer a tal sociedade ao menos ficamos as margens dela, ficamos de algum modo engajados dentro da bolha social. Karl Marx usou a metáfora do Javali para explicar que o homem nunca foi nem é livre, até porque por natureza somos dependentes uns dos outros. Marx critica a noção de território que o Javali tem, ele pensa que aquela parte da floresta só é território seu, quando na mesma porção de terra que o Javali pensa ser território exclusivo dele, habitam várias outras espécies (peixes, mamíferos, crustáceos, répteis, anfíbios, aves etc.) e que o Javali na floresta se acha livre, porém quando sai do território que julga ser seu fica perdido em meio a imensidão da mata. Para o homem, isso acontece quando o homem começa a acreditar que ele é um ser livre e que cuida do seu próprio destino podendo ir e vim aonde e como bem entender, por trás dessa idéia de liberdade existe todo um controle para seus atos, controle esse que Michel Foucalt enfatiza bem no seu livro Vigiar e Punir, controle feito pelas instituições educacionais, manicômios, carcerárias, hospitais, etc. Como o Javali, o homem também nem percebe esse vigiar da sociedade perante sua pessoa ou seu grupo, desde pequeno somos educados a agirmos e nos comportamos de uma certa forma, pré-estabelecida pelos governantes da nossa sociedade, passando assim o Javali na mesma porção de terra que conhece desde filhote, o mesmo efeito acontece com o ser humano, pelo fato de ser vigiado desde criança, o individuo se acostuma com o meio que o cerca, é dominado e vigiado sempre e nunca nota. Por fim, chegamos a conclusão que não somos tão livres assim, não podemos fazer tudo que nos der na telha, somos vigiados por esferas da sociedade sempre, somos adestrados para seguirmos as normas sem “quase” nunca burla-las. Então caro (a) amigo (a), pense bem antes de dizer que és livre, leve e solto, pois no fundo, no fundo, somos apenas mais um Javali em meio a essa selva de pedras.

CONCEITO DE ALIENAÇÃO (SEGUNDO KARL MARX)

O conceito de alienação é vasto e pode englobar várias maneiras e formas de pensamento. O primeiro filosofo a abordar esse tema foi Karl Marx. Isto está explicito em dois de seus trabalhos que respectivamente são: Manuscritos econômicos filosóficos (1844) e Elementos para a critica econômica política (1857), ambos enfatizam que o sistema capitalista é um sistema extremamente explorador e injusto, principalmente com as classes menos favorecidas economicamente, como a classe do proletariado sente na pele a todo momento essa injustiça.
Na idade média o artesão detinha todo o conhecimento da fabricação do produto, com o surgimento da industrialização o operário era apto e exercer e trabalhar em uma só função, ou seja, em uma parte da fabricação do produto, sendo assim o trabalhador não participando de todo o processo da produção não seria necessário entender o que estaria ajudando a produzir, tinha apenas que cumprir sua parte na linha de montagem. Peguemos o exemplo do fabricante de cordas para violões, antes do surgimento do capitalismo e suas grandes fabricas, quem fabricava as cordas conseqüentemente fabricava também o violão, afinava-o e tocava o instrumento muito bem. Com essa individualização na fabricação do instrumento, o operário fabricava as cordas enquanto outro fabricava o corpo do violão e o outro já fabricava o braço do instrumento, outro trabalhador é pago só para afina-lo e assim por diante. Assim não teria como obrigação todos os operários saberem tocar violão. Outro exemplo mais recente acontece com o operário metalúrgico que coloca portas nos carros produzidos na grandes montadoras, o mesmo passa todo o período produtivo de sua vida montando automóveis para chegar a conclusão final de que nunca possuirá o bem que ajuda a fabricar. A esse exemplo pode-se encaixar o que Karl Marx chama de “objeto se sobrepondo ao sujeito”, em outras palavras, é a alienação da negação, pois Marx defendia a idéia que o individuo deveria se impor diante do objeto e não o contrário. A partir do momento que o sujeito nega a negação Marx da o nome desse acontecimento de “desalienação”.
A produção depende do consumo e o consumo depende da produção, esse modo é cíclico, quando se é consumido o que é produzido e não se produz mais, o ciclo se fecha. Esse ciclo pode ser definido como ciclo de alienação, porém em uma sociedade capitalista isso é impossível de acontecer, pois o que se é produzido tem que por obrigação ser consumido em um prazo mais rápido possível, para que se produza sempre mais e mais explorando o proletariado, que toma corpo quando por exemplo o patrão não paga o salário devido e não cumpre com os direitos trabalhistas. Sem essa exploração a elite não acumula capital e conseqüentemente não obtém lucros e assim não pode continuar o processo de alienação.
Marx também trabalha a alienação humana através do fetichismo, onde o individuo começa a valorizar mais os bens materiais como automóveis, mansões, etc. e deixa-se de admirar atos bondosos ou a inteligência do sujeito e passa a dar mais valor ao capital que o sujeito tem, sendo o dinheiro o maior desses fetichismos, pois com o dinheiro se é capaz de comprar todos os bens matérias.
A religião também tem grande poder de alienar, pois explica fatos que são cientificamente inexplicáveis. Certa vez Marx citou em seu livro Manuscritos econômicos filosóficos, (paginas 45-46): “A religião é o suspiro do oprimido, é o ópio do povo”.
Segundo o filosofo, esse modo de alienação que as classes dominantes exercem sobre as classes dominadas só terá seu fim decretado com a chegada do comunismo entre as classes econômicas.

PÓS-MODERNOS?

Quando já estávamos nos acostumando com os padrões tidos modernos, em certo dia tudo muda e passamos a viver na chamada pós-modernidade. Nós e essa nossa mania de classificarmos nossos períodos históricos de maneira que se tenha uma ruptura temporal brusca, ou seja, é como se fossemos dormir em uma bela noite de lua cheia da modernidade e ao acordar na manhã seguinte, quando escovarmos os dentes já nos encontramos na pós-modernidade. Fato que sabemos ser impossível, pois para se passar de um período a outro da história requer algum tempo, essas rupturas são gradativas e não bruscas, até porque as coisas não acontecem de um dia para o outro. Alguns estudiosos relacionam o inicio da modernidade com as grandes navegações, outros, relacionam com a 1ª guerra mundial ou com a invenção da eletricidade, do avião, etc. o que sabemos é que ninguém não se pode dar ao direito de mudar todo um período histórico de uma hora para outra, isso gera discordâncias entre os cientistas, pois enquanto alguns pregam o fim de um período em determinado momento, outros defendem o fim do mesmo período através de outro acontecimento histórico, seja ele cultural, econômico, político, etc. Mesmo hoje na chamada pós-modernidade ainda temos comportamentos da idade média, em nossa maioria ainda temos medo do transcendental, e é porque somos indivíduos pós-modernos! Nem por isso, quando éramos modernos e a ciência nos explicava tudo, a razão muitas vezes era substituída pela cresça no desconhecido, sendo assim, como se pode fazer um recorte temporal tão grande e classificar a transição de uma época para outra de maneira tão brusca? Creio eu, que não temos esse direito. Mas, já que essa pós-modernidade me inquieta tanto, vou me deter um pouco a ela e tentar fazer um paralelo com a modernidade.
O nascimento da pós-modernidade se dá após a morte da modernidade, morte essa que acontece (segundo alguns estudiosos) quando a bomba atômica toca o solo, para ser mais exato: às 8:15hr do dia 6 de Agosto de 1945, nesse exato momento se mata a modernidade e Centenas milhares de pessoas. Nesse momento se faz o parto da pós-modernidade, é quando o ser humano descobre na pratica que poderia acabar com o mundo sem muitos esforços, isso na pratica, pois na teoria já se sabia disso há algum tempo, período esse que a bomba foi criada e ficou guardada em stand by, para só depois beijar o chão de Hiroxima e Nagazaki. Alguns discordam que a pós-modernidade tenha começado aí e juram que a pós-modernidade começou só no pós-guerra, em 1950-1955, quando a computação e a arquitetura mudam de forma significativa, ou na década de 60 quando a arte pop se manifesta e a ainda, quem diga que a pós-modernidade como conhecemos só viria nos anos 70 com a mudança no campo da filosofia e os movimentos culturais como o feminismo, os hippies que pregavam a liberdade sexual, etc. Pois bem, caímos no mesmo paradoxo da modernidade e chegamos à mesma conclusão, não sabemos onde começa e onde termina uma nem outra época. Nós contemporâneos, poderíamos muito bem classificar a pós-modernidade como seu surgimento a partir da moda que é de suma importância hoje, quer queira ou não, poderíamos citar a trilogia cinamática Matrix para fundamentar uma teoria em que surge a hiper-modernidade, termo mais recente para nomear nossa época. Poderíamos citar a música, a tecnociência, que nada mais é que a tecnologia interagindo com a ciência para melhoria do nosso dia-a-dia, enfim, abre-se um leque de oportunidade e acontecimentos para classificarmos nosso período de pós-modernidade, hiper-modernidade, pós-pós modernidade, tecno-modermidade, ou como queiram chamar. Vou ser ousado em afirmar, mas de uma coisa eu tenho certeza, as fabricas sujas e abarrotadas de operários se extinguiram na pós-modernidade, hoje, o shopping toma o lugar das fabricas, na pós-modernidade se dar mais valor a mercadoria que se está à venda no shopping cheio de luzes, que a mesma mercadoria quando se está na fabrica, os robôs tomam o lugar de dezenas de operários não só na área urbana como também na área rural, acarretando assim, um numero exorbitante de desempregados. Se o homem moderno colocava a razão e a ciência à cima de tudo e todos (inclusive de Deus) e se o ser humano moderno estava engajado na política, admirava e criava arte inédita e diferenciada de todas as outras já criadas, o homem pós-modernos nega tudo isso, se entrega inteiramente ao prazer e ao hoje, ao momento, não tem a preocupação de buscar algo que não seja o consumo, o bem de consumo, diria até de maneira metafórica que o homem pós-moderno é agnóstico e anarquista no que se refere às artes, história, religião, ciência, política, social, etc. Só dando importância ao econômico, pois sem o econômico fica impossível adquirir o ultimo lançamento tecnológico. Na arte nada mais faz que repetir e dar outra cara as obras já existentes. O homem pós-moderno caminha para ser só um fantoche da tecnologia, um boneco da tecnociência, quando falo que o homem moderno caminha, quero dizer que literalmente ele caminha em escadas rolantes, sem esforço algum para compreender o que se passa em sua volta. Corre em bicicletas ergométricas e caminham em esteiras que não os vela a lugar algum. Caminham para onde a imagem fala mais forte que o próprio objeto, onde a ficção tem mais valor que a realidade, fabricando assim uma hiper-realidade virtual para si, dentro de seus apartamentos luxuosos, de seus carros blindados, cheio de travas elétricas, freios ABS, air bags, câmbio automático, ar condicionado, trava elétrica e mais uma infinidade de recursos ao seu alcance. O homem pós-modernidade acha muito mais interessante o fetiche da realidade virtual em 3D, pois a realidade é muito dura e sem cor. Caminha para um patamar onde o irreal se torna mais real que a própria realidade. Criou-se uma ponte tecnológica entre nós e o mundo que habitamos, sempre estamos atravessando essa ponte, às vezes percebemos que estamos à atravessa-la, as vezes nem nos damos conta disso. Uma grande característica da pós-modernidade é a mídia de informação, com as informações nos bombardeando a cada segundo, ficamos com fadiga em procurar o fato, em pesquisar mais a fundo a história e nos acostumamos em absorver os dados transmitidos. Se a sociedade moderna produzia questionamentos à pós-moderna reproduz informação, enquanto a sociedade industrial produzia bens (duráveis), a sociedade pós-industrial consome serviços, tais como: ticket de metrô, cartões de credito, delivers, etc.
Em certas ocasiões nem somos tão modernos assim, seja a questão familiar, estética, religiosa, comportamental e filosófica, algumas vezes por dia nos apropriamos ainda de valores pré-históricos, medievais ou modernos, então que pós modernidade é essa que estamos vivenciando?

PRAIEIROS X GABIRUS (REVOLUÇÃO PRAIEIRA)

Segui o conselho de Chico Science e fui lembrando a "Revolução". Como sabemos a Revolta Praieira ou Revolução Praieira, foi a ultima manifestação do período em que conhecemos como “rebeliões províncias”. Durante o final do período regencial e começo do 2º reinado eclodiu em Pernambuco uma revolta batizada de Revolução Praieira, que inspirada nos ideais franceses de revolução, pregava a Liberdade, Igualdade e "Solidariedade". A principio foi uma manifestação pernambucana, porém durante o período em que se concretizou alcançou outros estados nordestinos, como Paraíba, Rio Grande do Norte e outros. Foi uma revolta de caráter nacionalista, patriótico. Seus revoltosos a principio se queixavam da não autonomia da província, tendo que ceder todas as riquezas à corte, condenava o sistema de monarquia, queriam os revoltosos, com a republica a tão sonhada independência financeira. Foi um movimento também de caráter popular, pois condenava o latifúndio, que nada mais é que uma grande quantidade de terras nos domínios de uma só pessoa ou de uma só família. Um de seus objetivos era combater o latifúndio exercido pelo grupo dos “Gabirus” que não por coincidência eram ligados ao partido conservador. A revolta é muito influenciada pela Revolução Francesa e começa com o declínio da economia açucareira da região de Pernambuco e só tem o estopim dessa revolta com a troca do presidente liberal da província Antônio Pinto por um presidente conservador. Os rebeldes tinham como plano alterar a constituição brasileira de 1824, dando assim mais liberdade de imprensa, como também o fim do cargo vitalício de senador e a extinção do 4º poder, o poder moderador, onde o rei tinha poder sobre todos os outros 3 poderes. No mês de Abril de 1848, os praieiros, como eram chamados os revoltosos, se uniram na rua da Praia, através do jornal Diário Novo e condenaram o ato da troca do presidente da província pernambucana. A revolta tomou corpo e entrou em conflito pela primeira vez na cidade de Olinda-PE em 7 de novembro de 1848, sobre a liderança de José Inácio de Abreu e Lima, Pedro Ivo Veloso da Silveira, Joaquim Nunes Machado e Antônio Borges da Fonseca. O então presidente Herculano Ferreira foi afastado e o movimento espalhou-se rapidamente por toda a Zona da Mata pernambucana. Sua 1ª batalha foi travada na cidade que hoje é conhecida como Abreu e Lima, na época chamada de Maricota. No ano de 1º de Janeiro de 1849, é lançado por Borges da Fonseca um manifesto intitulado “Manifesto ao Mundo”, onde havia algumas reivindicações como: o voto livre para todos os brasileiros, a liberdade de imprensa de publicar o que bem entendesse, a extinção do sistema de recrutamento e o fim imediato do quarto poder. Uma coisa que é interessante frisar é a de que apesar de seu cunho liberal e reivindicar reformas políticas e sociais, não vemos nenhum artigo do manifesto em que cita o fim da escravidão! Depois de receber a adesão da população da área urbana que vivia em extrema pobreza, pequenos arrendatários, boiadeiros, mascates e negros libertos, os praieiros marcharam sobre a cidade do Recife em fevereiro de 1949 com quase 2.500 combatentes, dispostos a darem suas vidas por futuros dias melhores. Porém as forças rebeldes foram derrotadas nos combates de Água Preta e de Iguaraçu. Com o fim da Praieira no início de 1850, iniciou-se a segunda fase do 2º reinado, um período de tranqüilidade e de prosperidade trazida pelo café. Vale lembrar de que apesar da a revolução ter sido liderada por liberais, ela ainda não tinha caráter essencialmente republicano: apenas alguns de seus participantes apoiavam a proclamação da República, ficando assim a revolução como um tipo de protesto contra a política que reinava na colônia. O que vejo é que apesar de não ter ido muito longe com seus ideais, os praieiros deram um passo importante, afinal, questionar e tentar mudar lutando pra isso, prova que não deve só se ter a teoria e sim, a teoria trabalhando paralelamente com a pratica pode se chegar a algum lugar, com êxito a curto ou longo período, mas se chega.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

PARAPAN AMERICANO RIO 2007

Como se não bastasse o recorde de medalhas no XV Pan Americano, edição 2007, o III Parapan Americano, edição 2007, realizado pela primeira vez na mesma cidade onde o Pan foi realizado, também bateu seu recorde de medalhas e deixou o Brasil em 1º lugar geral no quadro de medalhas, foram 83 de ouro, 68 de prata e 77 de bronze, chegando a somatória total de 228 medalhas. Se no texto “Pan Americano Rio 2007” vimos às dificuldades que os atletas passavam, dificuldades essas a respeito de patrocínio, apoio e a falta de materiais adequados para o treino diário e para competições nacionais e internacionais. Se esses empecilhos acontecem há atletas com condições físicas e motoras normais imagine o que não acontece com atletas com algum tipo de deficiência, as dificuldades triplicam, pois se atletas nacionalmente conhecidos não tem o apoio devido, seja esse apoio vindo de caráter publico ou privado, dirá paratletas, que lutam primeiramente para superar a sua deficiência e o pré-conceito. Deficiência essa que não os desanimam e os fazem treinar de forma precária todos os dias para superarem suas limitações, passando por cima de tudo e todos, buscando sua reintegração perante a sociedade, lutando por melhor infra-estrutura nas vias publicas, brigando todo dia contra o pré-conceito que teima em vê-los como “coitadinhos”, quando na verdade não são inválidos, pois apesar de suas deficiências são muitos eficientes e competentes no que fazem, fazendo melhor que você ou eu que somos fisicamente normais. Atletas como Clodoaldo Silva da natação, o imbatível, quebrando recordes e mais recordes a cada edição dos jogos, Clodoaldo que por coincidência (ou não) também é mais um Silva no Brasil. A mídia não divulgou quase nada sobre os jogos Parapan, o Pan foi incessantemente transmitido (coisa que foi muito boa), mas precisamos dar atenção da mesma maneira aos paratletas, pois, também devemos alegrias a eles. É tão bom ver que somos os melhores em alguma coisa, e quando digo nós, somos nós menos, pois não sei você, mas quanto a mim, também me sinto um paratleta, pois sou brasileiro e esses atletas de uma forma ou de outra defendem nosso país. Assim como nas modalidades esportivas tidas como normais, nossos Paratletas dão o suor e o melhor de si, e como (ou até mais) os atletas normais, nossos paraatletas precisam de incentivo, de "um giro de capital" para treinarem e subsídios para competir lá fora. Vamos ver se no próximo Parapan Americano divulgamos mais nossos atletas em ação, ou seja, falta preencher uma lacuna muito grande onde o pré-conceito infelizmente ainda impera, nossa mídia, seja ela escrita, assistida ou acessada tem como a obrigação de transmitir nossos paratletas competindo, pois estão enganados se isso não dá audiência, nossos atletas mostraram que são capazes, são eficientes e não deficientes, apesar das limitações que os impedem de fazer alguns movimentos e do pré-conceito que teima em surgir sempre, eles passam por cima de tudo, e o importante para eles não é só competir, eles querem ganhar, mesmo sem muito apoio venceram na vida e nos jogos Parapan Americanos Rio 2007.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

QUEM SOU ?!

Com a necessidade de classificar de alguma forma o sujeito e/ou se criar à idéia de que tem que se ter uma identidade, de que se tem que fazer parte de alguma tribo, de se construir um perfil pré-moldado e caso você não queira se encaixar nestes padrões, não se preocupe, pois as pessoas farão isso por você, elas estão sempre te pré-julgando. Então já que não podemos fugir disso, quem melhor que nós para falarmos de nós mesmo? Faremos isso, antes que os outros façam e se assim fizerem, que façam. Pois bem, nesse mundo contemporâneo, sou só mais um individuo cheio de sonhos, duvidas, incertezas, questionamentos, idéias, indignação, etc. Talvés eu possa ser um mesclado de Dom Quixote com Peter Pan, mistura de cavaleiro andante, sonhador, amigo de todas as horas e pra sempre criança. Vibro em outra freqüência, equalizo o que há de bom, me encontro em constante transição ideológica, reformulo a minha vida metamorfosicamente numa analise critica, buscando incessamente a essência, vez em quando reinício o dia escaneando o que de melhor houve, vez ou outra salvando as horas para assim garantir sempre o amanhã. Não sei se em futuros livros de História serei a memória de dias que virão, nem sei se estes dias virão. O pior disso é que meus sonhos nunca acabam bem, simplesmente pelo fato deles nunca acabarem, apesar de meus sonhos serem os mesmos não há mais tempo para mim sonhar tanto. Às vezes tenho a impressão que o futuro repete o passado, nesse momento cíclico vejo que quem não conhece o passado não entenderá o futuro jámais, quando os tempos são outros e os erros os mesmo fica quase impossível procurar o céu azul no mar vermelho, vermelho sangue das lagrimas dos crocodilos apoeticos. Sorria como eu sorrio, sorria, pois estamos com nosso filme queimado no hoje que por acaso é o amanhã do ontem. Não perca tempo em tentar entender quem eu sou se você ainda nem sabe direito quem você é e nem vai saber, pois estamos nos moldando a todo tempo. A única certeza que tenho é a de que como você, também não sou muito normal, nem sei o padrão que a maioria classifica como normal, pois eles também são diferentes, então onde foi parar a normalidade? Só sei que de quase nada sei e que meu estilo de viver liberta minha mente, podem me chamar de louco, porém sou um louco bastante consciente. É verdade que não sou muito normal; alguns me chamam de louco, lunático, estranho, doido, maluco, anormal, doideira, diferente... Mas quem vive sem um pouco de loucura? Quem quer ser igual? Ser igual deve ser tão monótono e ocioso que acho que o tédio enlouquece o ser humano. Pensando eu estava: A vida pode muito bem ser uma loucura criada por um grande louco, onde os normais tendem a reverencia-lo, sendo normais e portanto anormais, já que a normalidade é considerada uma anormalidade. Nesse mundo louco ser estranho é ser normal e ser normal é ser estranho, à loucura é nada mais do que a pureza em forma de atitude e sem maldade alguma, então pra que termos carros se podemos voar?! Depois disso tudo que você leu não entendeu nada do que eu quis dizer? Ainda não sabe quem eu sou? Fique triste não, somos dois! Também não entendi quase nada e amanhã posso até discordar de tudo isso. Agora acho que já sabemos quem eu sou, sou como você, diferente dos outros e igual a todos. Os encomodados que se mudem, vim aqui pra encomodar. E como certa vez falou o poeta: “somos todos iguais e tão desiguais... somos todos iguais, mas uns mais iguais que os outros”.

sábado, 11 de agosto de 2007

E A COBRA FUMOU SENTANDO A PUA!

Após o afundamento do navio brasileiro por um submarino alemão em 18 de agosto de 1942, o Brasil declarou estado de beligerância aos paises do Eixo, e, resolveu participar da guerra ao lado dos aliados. Exatamente no dia 29 de junho do ano de 1944 vários pracinhas, como eram conhecidos os soldados brasileiros, entraram em um trem para embarcar numa viagem que ficaria para sempre na memória de cada um. Apesar do presidente Getulio Vargas ter prometido enviar 100.000 soldados, só foi possível mandar pouco mais de 25.000 homens. Após um ano de treinamento finalmente chega o dia de partida da Força Expedicionária Brasileira (FEB), dentre eles operários, estudantes, comerciários e lavradores. Mais tarde 400 homens da Força Aérea Brasileira iriam sobrevoar os céus da Itália. A idéia de que seria mais fácil uma cobra fumar que o Brasil enviar um exercito para a guerra foi quebrada. No dia 2 de julho o navio norte-americano General Mann, partia com nossos pracinhas, mal sabiam eles o horror que a guerra causaria na vida de cada um, partiram sem saber direito o que iam encontrar. Durante 13 dias eles viajaram muitos para o destino mais trágico, a morte! 465 soldados não retornariam para suas casas, seus empregos e suas famílias. O desembarque aconteceu no porto de Nápoles, Itália. Os soldados brasileiros tiveram a noção do que era a guerra quando desembarcaram e viram prostituição por troca de alimento e até brigas por resto de cigarros jogados no chão. Acostumados com o clima quente do Brasil, os pracinhas iriam lutar no frio intenso dos Alpes italianos. Frio intenso, subir montanhas se livrando de minas e 25 kg de equipamento nas costas era só mais um fator de cansaço, pois o cansaço psicológico de estar combatendo em território inimigo e risco de morte a todo instante atrapalhava muito mais o rendimento dos soldados tão mal treinados para tal situação. Devemos deixar aqui registrado também a importância das enfermeira brasileiras voluntárias, que tratavam e confortavam os soldados feridos no front de batalha, batalhas essas como as do Monte Castelo, que teve seu primeiro ataque em 24 de novembro de 1944, 5 dias após a primeira investida no Monte Castelo os pracinhas atacaram novamente e logo depois da segunda, houve uma terceira tentativa da tomada do Monte, infelizmente só ficou na tentativa, mas na quarta tentativa em 2 de Fevereiro de 1945 foi finalmente tomado pela FEB, a posição do Monte Castelo. Na batalha de Montese, 15.000 soldados alemães se renderam a FEB. Apesar de um treinamento precária no Brasil, de armas diferentes as quais os soldados estavam acostumados a lhe dar e todo os contratempos, os brasileiros conseguiram fazer uma bela campanha na 2ª guerra mundial. Ao retornarem do conflito, não tiveram o reconhecimento devido, caindo no esquecimento, muitos se suicidaram, pois não tinham nenhuma perspectiva de vida após à guerra, perderam seus empregos, seu lares, suas empresas, suas esposas. etc. É lastimável que estes heróis tenham caído no esquecimento e não tenham recebido o devido apoio, não são lembrados em nenhum momento da história do país, o Brasil tem um forte tributo histórico a pagar para esse verdadeiros heróis. Só depois de 40 anos é que se foi reconhecido essa importância dos pracinhas e foi reconhecido de maneira não muito exaltada, alguns ex-combatentes nem chegaram a ver esse reconhecimento concretizado. A história do Brasil na segunda guerra mundial serviria para incentivar o patriotismo, mas infelizmente a mídia prefere usar o futebol tal finalidade.

TENHO FOME !

Meu nome é Margot, sou mulher e mãe de três filhos na Paris do século XVIII, mais especificamente no final da década de 1780. Como 90% da população francesa e européia analfabeta. Meu marido era artesão, com a chegada do sistema capitalista as fábricas engolem as pequenas oficinas de fundo de quintal englobam artesãos como meu marido Fred, para os gigantescos galpões tornando-os operários (que por sinal são muito explorados) Como os subsídios da coroa para com os nobres, o povo é cada vez mais massacrado pelo governo de Luís XV, que até então detém o poder soberano e até “cura” os infermos com o toque real. Enquanto a fome e corrupção infestam a minha cidade e meu país, o rei esbanje luxo e sustenta uma nobreza parasital. Vivo numa Paris suja e violenta, onde nervos de católicos e protestantes estão a ponto de explodir.
Há vários panfletos e livros proibidos circulando na clandestinidade, o que vocês historiadores posteriormente chamariam de literatura marginal. Em um país onde a maioria é analfabeta, eu não fujo da normalidade e prefiro as caricaturas, pois elas retratam de forma bem humorada o dia-dia do rei e critica seus costumes, até contesta seu suposto vigor sexual. Mas tudo isso na mais absoluta cautela.
A revolta e indignação da população parisiense é cada vez mais visível, eu também estou muito interessada nesse movimento contra o governo. O preço dos alimentos sobem de forma exorbitantes a cada dia, principalmente o trigo que é a matéria principal para o pão que não só alimenta a mim e meu marido, como também alimenta a meus filhos e a tantos outros filhos de tantas outras mães de família. Apesar do alto índice de doenças o que preocupa agora é a fome, nós mães, vamos às ruas reivindicar o pão, não temos a obrigação nem a preocupação de nos organizarmos, o que queremos é pão mais barato, pois não é justo o rei bancar o luxo dos nobres enquanto nossos filhos morrem de fome. Estamos nos organizando para a 14 de julho de 1789, junto com alguns revoltosos invadirmos a Bastilha, prédio símbolo do poder reacionário do rei francês. Somos entéricas mesmo, pois lutamos para melhoria de vida de nossas famílias, lutamos pela sobrevivência de nossos filhos. Por isso é que saímos às ruas para reivindicarmos: Liberte, igualite e fraternite (Liberdade, Igualdade e Fraternidade). Temos de instaurarmos um governo de caráter não monárquico e mais democrático, esperamos que no futuro seja assim.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

ANTENE-SE!

É isso mesmo, te convido a antenar-se, prestar mais atenção no mundo que te rodeia. É poluição nos quatro cantos do planeta, você acha que não tem nada haver com isso, muito pelo contrário, tem sim. Quando você usa aquele desodorante spray que emite gás tóxico, agredindo a camada de Ozônio, quando sua geladeira ainda contém o gás CFC (clorofluorcarbonoquando), quando você usa aquele inofensivo jeans, que ao ser lavado na fabrica, sujou o rio que passa ao lado, sem contar nas grandes secas e enchentes catastróficas causadas pelo aquecimento global, aquecimento esse alimentado por estas fabricas que você e eu ajudamos a enriquecer a um preço de custo pequeno para eles e altíssimo para o planeta Terra, que se dane! Afinal, quem irá sofrer as conseqüências são nossos filhos e netos, então, vamos continuar jogando papel na rua, quando chover e entupi as galerias e inundar as ruas que não são minha, não vou ter o menor sentimento de culpa. Dane-se também se jovens de classe média-alta continuem espancando velhinhos nas filas de bancos até a morte, espancando empregadas domestica achando que possa ser uma prostituta, espancando prostitutas e travestis, onde vamos parar?! Entrelaçados nessa teia de aparências, como se um grupo de Play boys sem ter nada pra fazer a não ser puxar ferro em academia, fossem melhor que qualquer outro ser humano, independente de sua profissão, classe social, idade ou opção sexual. Antene-se e não esqueça também do índio Pataxo Galdino Jesus dos Santos, queimado vivo por Pit Boys, simplesmente por estar dormindo na praça errada, na hora errada e por ser confundido com um mendigo, assim como esse índio foi assassinado brutalmente, tantos mendigos são massagrados por jovens que se jugam melhores que todos, jovens estes, sem valor familiar algum, pois seus pais estão muito ocupados para lhes ensinarem tais valores. Em que mundo vivemos? Onde diretores de TV como o conhecidíssimo Boninho da rede Globo, junto com o apresentador Bruno Chateaubriand do SBT e a socialite Narcisa Tamborindeguy em um bairro de classe alta como é o bairro de Ipanema no Rio de Janeiro, atiram ovos nos carros e em pedestres que circulam pela rua de fronte ao prédio, não respeitam nem as famílias que por ali passavam, pais, mães e crianças, o pior de tudo é que toda essa ação ridícula foi gravada por João Eduardo, neto do ex-governador do RJ, Leonel Brizola, na gravação Boninho diz ter acertado muitas “vagabundas” em São Paulo, será que os pedestres que por ali passavam eram de uma índole tão ordinária e de atitudes tão ridículas quanto a desses jovens?, no vídeo é dito pelos próprios vândalos, que eles já jogaram: roupas, água, vassoura, almofadas, etc. Boninho, dita até uma receita para que o ovo fique podre! Num país que desperdiça 40% de seus alimentos produzidos, mendigos disputam restos de comida com ratos, cachorros, baratas e urubus. Antene-se, o mundo azul desbotou! O ditado tem razão: “o mundo é cão”. Quando criança sempre falava-nos que os jovens seriam o futuro do país e que nós mudaríamos o mundo, crescemos e realmente mudamos o país e o mundo (para pior), só nos resta seguir a idéia de que já que nem eu nem você temos a força de remodelar o mundo e muda-lo para melhor, ao menos não devemos piorar o que já estar ruim, agindo desta forma mudamos nossa rua, nosso bairro, nossa cidade, nosso estado, nossa região, quem sabe mudamos nosso país, nosso continente ou até melhor, nosso planeta.

DE ONDE EU VIM? GEOGRAFICAMENTE FALANDO:


Nome do Município: Jataúba; Gentílico: Jataubense; População Aproximada: 20.000 habitantes; Povoados mais significativos: Passagem do Tó, Jundiá, Riacho do Meio e Jacú; Área geográfica: 719,22 km2; Distância da capital: 222 km; Altitude: 525 Metros; Longitude: 36º29'47"; Latitude: 07º59'24"; Densidade Demografica: 24.95 km²; Encravamento: Zona Sertaneja; Relevo: Suave ondulado;Localização: Mesoregião Agreste Central - Microrregião Vale do Ipojuca; Acesso: PE 145/160, BR 104/232; Limites ao Leste: Brejo da Madre de Deus e Santa Cruz do Capibaribe; Limites ao Oeste: Belo Jardim; Limites ao Norte: Estado da Paraíba; Limites ao Sul: Belo Jardim; Clima: Quente, seco, semi-árido; Solo: Arenoso, pedregoso, rochoso; Vegetação: Caatinga hipoxerófila; Plantas: Mandacaru, Algaroba, Catingueira, Macambira, Palma, etc; Cultivação: Beterraba, Cenoura, etc; Meses chuvosos: Janeiro/Fevereiro podendo ter termino até Outubro; Maior fonte de renda: Sulanca; Dia de feira: Sexta-feira; Artesanato: Renda Renascença; Comida típica: Doces caseiros, churrasco de bode, queijo coalho, etc; Folclore: Missa do Vaqueiro, Vaqueijadas; quadrilhas, etc. Possui: 0,26% da bacia hidrográfica do rio Capibaribe; Religião predominante: Cristã Católica; Padroeiro: São Sebastião; Festa Oficial: São Sebastião – Em Janeiro; Cep: 55180-000 Bairros: Cinco(5): Centro, Bom Jesus, Branco, Seu Teté, Boa Vista e Augusto de Melo; Prefixo telefone residencial: (81) 3746 – x x x x ; Estado: Pernambuco; Representação estadual: 0,73% País: Brasil.

... HISTORICAMENTE FALANDO:


A fundação de Jataúba deu-se em meados do século XIX, entre os anos de 1855 a 1856, quando chegou nesta região, a família do major “Vicente Nário”. Após a chegada do major, apareceram também as famílias: “Farias”; “Andrezas”; “Jenus”; “Andrades” e “Gregório Victorio”. Todas elas, provindas da Zona da mata do estado. Segundo a história, muito antes do seu surgimento, os feirantes vindos do Jacu, já realizavam a venda de capim, algodão, criações e rapadura às sombras dos “Jatobazeiros”. Nesta época, o lugar já era bastante conhecido e chamada-se: “Vila Jatobá”. A denominação deste nome deu-se devido à existência de uma antiga árvore deste tipo, que se localizava justamente onde era realizada esta pequena feira e também pela localização significativa que ela tinha, enraizando-se na junção dos dois principais Riachos que banhavam a cidade. Tempos depois, por força da lei, seu nome foi transformado em “Jatobá do Brejo”, pois já existia um povoado neste mesmo estado com igual nome, situado às margens do “Rio São Francisco”. A Vila Jatobá (Jataúba) passou então a pertencer ao território do municipio Brejo da Madre de Deus. Também por volta de 1857, já se tinha uma capela sob a proteção do Santo “São Sebastião”. Com o passar do tempo, essa pequena capela foi reformando-se e crescendo cada vez mais, até tornar-se na Matriz atual. A vila de “ Jatobá do Brejo” já havia mudado de nome várias vezes e antes mesmo de se emancipar, começou a ser chamada de: “Jataúba”, pela lei estadual 3.333 de 1958, o nome Jataúba se oficializou, a cidade amancipou-se em 02/03/1962. Jataúba ainda retrata dois dos seus principais traços iniciais: “A Igreja Matriz” e um novo “Pé de Jatobá”, localizado na Praça São Sebastião. Dois monumentos históricos, que mostra as raízes desta terra e traz para todos os Jataubenses, uma viva lembrança de como tudo começou.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

E EMOCIONALMENTE FALANDO:


Sou do interior do interior. Venho de uma cidade interiorana, mais precisamente, da região conhecida como agreste pernambucano, cidadezinha de +/- 20.000 hab. Onde quase todos se conhecem, aonde há muita gente simpatica e ospitaleira, onde se compra fiado e se pendura na caderneta. Cidade de clima quente e aconhedor, local que gera uma enorme empatia para com seus visitantes e vale citar a maxima que diz: "Quem prova dessa água, nunca mais esquece". Muitos (as) amigos (as) meus, nunca foram e/ou só ouviram falar de Jataúba através da minha boca, mal sabem eles o que estão perdendo. Cidade Festeira, de festas épicas como às; Festas de São Sebatião, Carnavais, Aniversários da cidade, São Joões, São Pedros, Missas do Vaqueiro, Corridas de motos, Vaqueijadas, as extintas festas da Beterraba e Resnascença e também os extintos Festivais do Choop, dentre outras tantas festas inesqueciveis na pequena e simpatica Jataúba-PE. Vez ou outra algum crime acontece, falta de emprego e muita politicagem como em toda cidade interiorana também fazem parte da vida de minha cidade, Jataúba também tem pobreza, desigualdade social e tantos outros problemas. Entre o bem e o mal, estar localizada mais ao lado do bem, ainda é uma cidade onde posso conversar com os amigos na calçada durante toda madrugada, sem correr risco algum, é onde posso andar na feira comendo pastel com caldo de cana. Portanto, sou Matuto mesmo, não troco meu interior por sua capital.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

TEXTO DO BLOG DE DEISE, "ROUBEI" E COLOQUEI NO MEU BLOG, ESSA ATITUDE MINHA NÃO DEIXA DE SER UMA HOMENAGEM.

Falar de Marcílo e não lembrar rapidamente de Jataúba e consequentemente de Pernambuco,é a mesma coisa que falar do EREH e não lembrar de Natasha(kkkk),ou seja,de uma forma ou de outra,a gente lembra dele,pelo menos eu sim!! Sei lá...Marcílo é muito massa!!Primeiro porque qualquer e toda ação dele me faz rir,e rir muito,até mesmo quando ele tá virado na gota ele consegue arrancar de mim altas e sinceras risadas!Foi através dele que tive conhecimento sobre o Mangue Beat,porque sinceramente,ele fez um PUTO trabalho sobre esse movimento,e sabe o que é felicidade e orgulho verdadeiro??Pois então,foi isso que sentí ao ser a primeira a ler o trabalho definitivamene pronto!! Ele deve achar que é onda,mas quando lí fiquei emocionada(owww que lindinho)...achei muito massa pelo fato dele ter se esforçado muito,e sempre se esforçar quando pretende algo!Tá vendo como ele é massa? Achei muito bonitinho o último depoimento que ele me mandou,sentí uma sinceridade geral naquilo,principalmente quando ele diz: "esse depoimento dava p/mim escrever ele assim:kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...que ela iria entender!" Até hoje me acabo de dar risada disso aí,pode parecer simples,mas pra mim é importante,e é o que vale em meio a tanta falsidade hoje em dia vista!
Escutar rock(especificamente O RAPPA);maracatú(que até hj espero ele me ensinar a dançar);côco;ciranda;reggae etc e não lembrar de Marcílo é quase impossível!!
Não esqueço das histórias que ele me contava e ainda me conta,e principalmente da interpretação que ele faz das mesmas!!Eita ondaaaaaaaaa!! Sei que o carinho e adimiração que tenho por ele,não são a toa...e como o próprio diz: "ñ é irmã d sangue + é irmã de rizadas,amizade,de doidiça e de "liseu"(kkkkkkkk)" A gente é totalmente diferente um do outro(ele odeiaaaaaaaa Tayrone),mas o melhor de tudo é que mesmo diferentes a gente se dá bem...e as vezes respeita essa particularidade um do outro..kkkkkkkkkk!
A cada dia torna-se mais meu amigo,e eu adoro isso!
Eu não sou jataubense e nem pernambucana como ele deseja(infelizmente né?),mas essa mistura de Paraíba com Pernambuco dentro da História até que tá dando certo!! E tenho fé em Deus que antes dele partir pra cidade dos pés juntos,eu ainda vou conhecer Jataúba e todos os pontos turísticos que ele pretende me mostrar,ou seja,todos os bares da cidade!E quem sabe até achar os fósseis dos jacarés que já habitaram lá,já pensasse? Tenho certeza que vai ser muito massa ne Puta Roxa??
E é isso!!Vamo embora cada um fazer sua História!!
Marcílo é muito massa,e eu adoro esse doido!
----->PILOTEM SUAS PRÓPRIAS CABEÇAS!!!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

PAN AMERICANO RIO 2007

O Pan Americano chega ao fim, vai deixar saudades. A edição Rio 2007 foi a melhor campanha do Brasil em jogos Pan Americanos, foram 161 medalhas no total, sendo 54 de ouro, 40 de prata e 67 de bronze, ficando assim no segundo lugar em numero totais de medalhas, somente atrás do todo poderoso Estados Unidos da América e em terceiro na classificação por medalhas de ouro atrás dos Estados Unidos e 5 medalhas atrás de Cuba, que também é muito tradicional no esporte, um fato que merece ser lembrado, pois U.S.A. e Cuba são uma hegemonia esportiva. É muito significativo o fato das Américas terem 35 paises e nosso Brasil ter o segundo lugar no total de medalhas, sejam elas de quais cor e quais metais sejam. Com Cuba a história se repetiu, nesses jogos, houveram 4 deserções de atletas cubanos, sendo eles 1 jogador de Handebol, 2 boxeadores e 1 técnico da ginástica feminina, numero bem menor aos 13 atletas desertores dos últimos jogos olímpicos. Mas voltando a falar do Brasil (que é o que nos interessa) Queria deixar registrado que apesar das medalhas, de ter ocorrido a melhor desempenho de todos os jogos e dos R$ 4 bilhões investidos para a construção das arenas de competição, de várias outras instalações e compra de equipamentos de primeira linha para a realização de todas as modalidades, o Brasil precisa melhorar e melhorar muito o incentivo aos atletas, atletas tão dedicados e esforçados que chegam a tirar dinheiro do próprio bolso para viagens de competição nacional e internacional, atletas brasileiros como Diogo Silva do Taekwondo, que para poder representar seu país em competições no exterior só teve o apoio das freguesas de sua mãe manicure, o atleta teve que arcar com despesas de viagens como: passagens, alimentação, hospedagem e até o uniforme tinha que ser comprado com o dinheiro do atleta, inaceitável que o primeiro medalhista do Brasil no Pan Rio 2007 tenha que ter passado por isso, Diogo é só um exemplo, assim como ele, tantos outros tem que se sacrificar pelo o esporte que praticam, tantos outros desistem no caminho, que por sinal é árduo, sem patrocínio fica muito mais difícil se chegar a algum lugar, muitos e muitos jovens estão no crime por não terem essa tão sonhada oportunidade de uma carreira de sucesso e glória, por incrível que pareça o salário desse campeão mundial são só R$ 600,00, inaceitável que um atleta a nível mundial ganhe tão mal, mas aos trancos e barrancos não só Diogo Silva como tantos outros atletas e tantos outros Silvas vão conseguindo (não sei como!) Competir e se classificarem para competições tão importantes que é um Pan Americano, um campeonato mundial ou uma Olimpíada, algumas modalidades tem atletas que dividem seu tempo entre treinamento e um outro qualquer emprego paralelo para poder levantar fundos e competir no seu esporte, no medalha de ouro do Taekwondo por exemplo, é mais outro atleta que teve que juntar um ano de salário para poder custear suas despesas em competições internacionais. É vergonhoso e ao mesmo tempo contraditório, atletas que nos dão tanto orgulho de sermos brasileiros, atletas que nos dão tantas alegrias não terem quase nenhum incentivo da parte dos governantes e até das empresas, sejam elas estatais ou privadas. Por outro lado ainda não sabemos torcer, não sabemos nos comportar, vaiamos atletas de outros paises, vaiamos os juizes, fizemos barulho em esportes onde o silencio era de fundamental importância, como a exemplo o atletismo e vaiamos até nosso presidente (que é a representação democrática do nosso país) em discurso inaugural dos jogos. Apesar das dificuldades; rimos, choramos, vibramos com nossos atletas, corremos, nadamos, atiramos, saltamos, arremessamos, lutamos perdemos e ganhamos, como se fossemos um só ser, telespectador e atleta, juntos no momento da competição. Por alguns instantes esquecemos nossas dores, nossos problemas. Vimos uma linda abertura dos jogos, cheia de cores e música, tão belo quanto a abertura foi o encerramento. A maioria dos locais onde as competições foram realizadas são de primeiro mundo, não deixando duvida alguma que futuramente possamos sediar uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada. A redução comprovada da violência nas ruas do Rio de Janeiro, reduzindo assim em 5% os homicídios, 17% os assaltos e 36% os furtos a automóveis também é inquestionavél, o que esperamos é que essa segurança ou ao menos boa parte dela fique efetiva na cidade. Se o Pan Americano Rio 2007 foi um vestibular para o Brasil poder sediar qualquer evento de importância mundial, neste vestibular tão concorrido conseguimos passar, falta mais apoio e patrocínio para nossos atletas, mas quem sabe um dia nossos empresários e governantes acordem e ajudem nossos atletas, afinal, eles nos dão tantas alegrias. É preciso mais incentivo ao esporte, que comece a ser praticado diversos esportes nas escolas, não somos só o país do futebol, provamos isso nesse Pan, somos também o país da natação, dos esportes coletivos em geral, da ginastica, etc. Já existem alguns programas e projetos sociais que envolvem o esporte na sua grade curricular, vimos alguns exemplos de atletas que saíram desses projetos, falta mais incentivo para que nas próximas edições consigamos superar-mos cada vez mais e mais.

INQUIETAÇÃO

0:30 hr, de mais uma madrugada de algum dia de semana normal, onde estou em férias na minha cidade natal, foi mais um dia comum de mais umas férias monótonas da universidade (queria eu que fosse férias de um emprego, conseguir emprego tá difícil enquanto mais férias de emprego!) Porém não tenho o que reclamar, afinal, faço parte de um grupo onde somos privilegiados por estarmos cursando o antigo terceiro grau, hoje denominado de curso superior. Em um país onde menos de um terço da população tem acesso a esse tipo de ensino e menos gente ainda a este ensino gratuito. Pois bem, estou aqui em minhas inquietações... A quem chame esse meu comportamento de insano, alguns amigos dizem que agir assim é coisa de quem não tem o que fazer, que seja, classifiquem da maneira que bem entenderem, por exemplo, na Tanzânia, país da África oriental que provavelmente você que está lendo este artigo nunca ouviu falar! Lá o pai de família tem que pagar 60 dólares anuais para o governo por cada filho seu na escola, ou seja, o ensino naquele país tido como publico na verdade é pago, o pai tem a obrigação de colocar todos seus filhos na escola e caso não pague a educação de seus filhos para o governo, é detido e levado para a prisão, em um país onde a média da renda familiar é de 300 dólares anuais e onde se tem um numero elevado de filhos por família (o que acontece na grande maioria dos paises de terceiro mundo) Fica quase impossível colocar todos os filhos na escola, e com a agricultura de subsistência predominante na economia, o patriarca indo preso como a família sobrevive em um solo árido com a existência de poucos nutrientes e quase nenhum período chuvoso. Mas você estar ocupado (a) demais para querer saber disto, ocupado (a) demais assistindo realitys shows e programas dominicais fúteis. Enquanto isso no Brasil alguns críticos falam que os programas governamentais para que se combata a evasão escolar, como a Bolsa Família, Vale Gás, Vale Leite, Fome Zero, etc. – É uma esmola, dizem os críticos, discordo, pois o que vemos é uma real adesão de alunos nas escolas, sei que a política de aprovação escolar brasileira é falha, mas isso é assunto para outro artigo. Voltando ao assunto da educação na Tanzânia, acho que você estar se perguntando; - Por que o governo desse país não cria a principio programas agrários de subsídios à agricultura? Já que o país é agrário e com uma agricultura de subsistência os impostos arrecadados para o governo local investir no social do país são insignificantes, como esses fatores não bastassem, existe ainda a divida externa, onde o governo tem que pagar 60% de seu PIB (Produto Interno Bruto) ao BM (Banco Mundial) Várias ONGs (Organizações Não Governamentais) e algumas personalidades defendem o perdão da divida externa dos paises pobres, pois os juros que esses paises pobres já pagaram daria para pagar dez vezes o dinheiro tomado emprestado. Por questões políticas não temos este perdão da divida, este ato forma uma bola de neve que vemos sem tamanho crescer a cada dia, onde cada vez os muitos que tem pouco ficam com menos ainda e os poucos quem tem muito ficam com mais ainda. Se algumas pessoas acham loucura eu pensar nestes assuntos que quase ninguém se dá ao trabalho de pensar, então, que eu seja louco até o fim dos meus dias.