Seria cômico se não fosse preocupante. O mundo está em crise, seja ela econômica, de identidade ou social. Pois bem, falarei de uma preocupação minha para com o campo social. Com o crescimento surreal do sistema capitalista, o mundo entrou em colapso, a população só pensa em ganhar mais e mais, em se dá bem em cima dos outros, ganhar pra gastar, gastar pra ter estatus e ter estatus pra humilhar o economicamente inferior. Sendo assim, nos encontramos vivenciando uma época de turbulência no que diz respeito aos valores humanos, ou seja, dentro do contexto econômico ao qual a gente está inserido quanto mais passar o outro pra trás melhor.Não quero aqui pregar o Socialismo (se bem que acho ainda a mais viável organização social para sairmos desse caos), mas quero registrar a falta de escrúpulos do mundo, alguns podem me chamar de sensível, sonhador e até utópico. Acho que sou isso mesmo, porém não sou o único e a cada dia (graças à crueldade de uma boa parte dos terráqueos), muitos outros se juntam ao grupo dos “Utopistas”, outros preferem se juntar ao grupo dos “pseudo fieis”. Esse segundo grupo se apega a alguma espécie de religião ou cresça para tentar amenizar as dores da vida, ou seja, tais pessoas se agarram em dogmas hipócritas que servem pra nada mais nada menos como controle social. Enquanto se confinam em igrejas, mesquitas e templos, estes supostos fiéis crêem apenas no pagamento do dizimo como a única salvação eterna, enquanto seus cultos, missas e pregações a cada dia mais lotados se transformam numa espécie de anestesia alienante. Pessoas essas que, se denominam fiéis seguidores de um Deus, ao saírem de seus “templos Sagrados” e terminarem suas orações, esquecem de tudo o que sua religião prega e agem de forma inversa que o seu Deus os ensinara. Sem o menor pudor nem algum remorso, continuam ganhando dinheiro em cima de quem realmente trabalha, insiste na não solidariedade com o próximo e vai além, fingindo que o próximo nem existe. Indivíduos esses que se trancam em verdadeiras fortalezas, no conforto do “lar doce lar” estão “cagando” se o morador de rua sente frio se a criança abandonada se droga ou sente frio, se o agricultor tem terra e semente pra plantar, etc. Essas pessoas preferem enganar os menos informados com dogmas ultrapassados e usam o nome de um Deus (e todo seu pantaleão) em favor de beneficio próprio, em pró do seu próprio conforto e comodidade. É preciso ter cuidado com esses falsos “profetas”, pois tais pessoas têm o poder da oratória a seu favor e não medem esforços para te puxar para dentro de sua “teia” dogmática, e, se você não ficar atento a isso logo logo será mais um com visão limitada sobre os acontecimentos político-sociais que circundam o mundo. Quando se chega a esse estágio, o “devoto” não tem mais opinião própria, já se encontra “contaminado” pelo poder de persuasão que os chamados “propagadores da fé” lhe empurraram de goela a baixo!
É preciso sempre ficar atento as entrelinhas históricas e perceber que os paradigmas religiosos não são tão “sagrados” assim, pois são criados por seres humanos para o controle social de outros seres humanos. Portanto, o processo é falho, não é tão cristalino e verdadeiro assim como se é levado a pensar. Sou da opinião que religião não importa, o que importa mesmo é ser um bom ser humano, solidário com o próximo, respeitar a natureza e nunca se sentir superior a qualquer outro ser, pois somos todos parte de um mesmo sistema, sistema esse constituído principalmente por moléculas de átomos e H2O. O que importa não é a religião que você crer, mas crer em uma força maior que vai além de qualquer religião criada pelo simplório ser humano.

