quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Aos Jataubenses:

Como diria Raul Seixas: “Eu que não me sento num trono de um apartamento com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar”. Acho que a juventude ociosa de Jataúba precisa parar de ser egocêntrica e deixar de olhar pra o próprio umbigo e começar a observar o que lhes rodeia.
Como disse Chico Science: Um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar”. Foi esse passo a frente que alguns jovens tachados por algumas pessoas de “loucos” ou “desocupados” que aos poucos e aos trancos e barrancos estão tentando mudar a mentalidade da dita sociedade jataubense, sociedade essa que vai as missas e cultos mas não segue um dos principais mandamentos de Jesus que é “Ajudar ao próximo”.
Quando me remeto a “sociedade” jataubense não estou generalizando (há muita gente solidária e de bom coração na terrinha), porém existem algumas pessoas de influencia na nossa cidade que dá as costas aos problemas como a FOME em nossa cidade, a prostituição infantil e a falta de perspectiva futura de vida. Sei que com esse projeto de arrecadar alimentos a fim de distribuir sextas básicas as nossas famílias mais carentes no natal não vai acabar com a FOME em nossa cidade, porém já é um bom auxilio pra quem não tem nada.
Venho através desta carta agradecer a quem abraçou a campanha doando alimentos, desde o mais estruturado economicamente ao menos favorecido que, em ato de extrema solidariedade com o próximo dividiu o pouco que tinha. Obrigado também aos voluntários e voluntárias que sacrificaram seu dia, deixando de lado seus afazeres e até de almoçar pra ta no sol quente batendo de porta em porta, andando de bairro em bairro por toda a cidade.
Como no conto Alice no país das maravilhas há o “desaniversário”, também queria “desagradecer” a quem podia ter ajudado e não o fez. Desobrigado a quem não ajudou e não deu credito a nosso projeto, se não fosse vocês talvez a gente nem tivesse se dedicado tanto a causa. Graças a vocês que não acreditaram, nós encaramos a campanha como um desafio, colocamos a cara a tapa e vencemos o desafio.
Graças a Deus, a bondade do povo (de alguns empresários) e ao nosso esforço, nós, simples jovens, conseguimos reverter nossos atos em ação e no dia 23 de Dezembro entregamos 55 sextas a 55 famílias. Um passo importante, tendo em vista o fato de que, quase não tivemos apoio e conseguimos praticamente com a cara e a coragem.
Entretanto, quem não ajudou, na próxima campanha ajude, não custa nada e você ainda sai com a consciência tranqüila por ter ajudado o seu próximo. Afinal, essa não é a ultima e sim a primeira de várias outras que com certeza viram. E lembrem: O passo a frente à gente já deu, você também pode dar!
Por fim queria dizer que quase sem nenhum apoio, uma idéia boa juntamente com atitude e solidariedade não resolve definitivamente os problemas de Jataúba nem de qualquer outra cidade, mas que dá uma amenizada isso dá.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Extra: Miss bumbum é brasileira! (e eu com isso?)

Há pouco me deparei com uma noticia tosca no fantástico, mas nem fiquei surpreso com a tal noticia, afinal, sempre me pergunto: o que falta inventarem agora? Ou onde o mundo vai parar? E também a noticia nem é tão nova assim, já que foi vinculada por toda imprensa nacional durante a semana. Enfim, a noticia é que a mulher com a bunda mais linda do mundo (sic) é Brasileira, isso mesmo, a nossa imprensa parece não ter coisa mais interessante pra passar na TV e coloca no ar essa reportagem como se fosse motivo de orgulho para os brasileiros. Ora, já estou cansado de ver o Brasil tachado pela própria imprensa brasileira de país calmo, acolhedor e simpático. Pois bem, se é pra generalizar assim, me respondam então onde fica a parte da violência sexual e/ou domestica, trabalho escravo, grupos de extermínio, menores abandonados, poluição dos rios, destruição das matas, trafico de animais, analfabetismo, mendigos nas ruas, violência e imprudência no transito, corrupção e tantos outros relatos que não vira noticia e quando são abordados não tem a mesma ênfase e notoriedade que tal noticia da miss bumbum. Sei que a televisão foi criada para entretenimento, mas também tem a função de informar, disso sabemos, porém quase nunca paramos pra pensar as “informações” que nos são passadas durante a programação daquele nosso programa favorito. São noticias como essas que nos fazem cada vez mais trocar os canais de cunho privado e detentores da maior parte do bolo chamado audiência por emissoras publicas que tem por obrigação nos tornar cidadão e cidadã de caráter pensante. O povo ta cansando desse sensacionalismo ridículo sobre noticias bisonhas como esta. Não faz mais sentido tais noticias bizarras na TV enquanto o mundo e o país vivem em constaste caos. A reportagem tem o titulo de “Brasileira ganha o premio miss bumbum” e começa já assim: Mulheres do mundo, morram de inveja. O bumbum feminino mais bonito do planeta é do Brasil! Fiquei imaginando, o que isso irá acrescentar na minha vida, na vida das mulheres do mundo e principalmente das brasileiras? A reportagem segue... A gaúcha Melanie Fronckowiack de 20 anos venceu 11.200 concorrentes em um concurso em Paris nessa quarta-feira. Os dois (isso porque quem conseguiu a “proeza” de vencer o masculino foi um Francês) ganharam 15 mil euros, cerca de R$ 44 mil, além de um contrato com uma marca de lingerie e blá, blá, blá... Se você assim como eu achava que ser “desbundado” não tinha nada de mais, é amigo (a), quebramos a cara, ser “bundado” dá dinheiro (e muito). A moça na reportagem disse que não iria pousar para nenhuma revista masculina (será?) e avisa “Eu não quero de forma alguma associar minha imagem ao meu bumbum. Eu sou Melanie Fronckowiak, meu bumbum faz parte de mim e não o contrário”. A mãe da gaucha que é psicóloga dá o total apoio a carreira de miss bumbum da filha. Mim surpreende uma profissional que tem como função estudar o comportamento do ser humano e o encaminhá-lo para uma vida produtiva diante a sociedade apoiar uma regressão dessas. Afinal, tantas mulheres lutaram e lutam por seus direitos e por respeito, de uma hora pra outra vem um concurso desses e joga a luta de décadas e milhares de mulheres de ralo adentro. Mim entristece também vê pessoas ditas civilizadas e de primeiro mundo tratar a mulher ainda como objeto, se o primeiro mundo é assim, quero ir pra lá não! Então, sendo assim, vamos olhar de forma mais critica o que nos é mostrado na TV, vamos a partir de hoje observar mais as noticias de forma mais critica e não apenas assistir por assistir. Quando a audiência desses programas caem imediatamente pesa no bolso da emissora, pesando no bolso os diretores desses programas reavaliarão as matérias que vinculam nos canais e só assim nossa programação irá dá uma melhorada. Porém assim como cada povo tem o governante que merece, cada telespectador tem a noticia que merece, sendo assim, vamos tentar prestar mais atenção no que nos é oferecido como “noticia”.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

No reino dos cegos quem tem dois olhos é um Deus!

Lanço essa nota de repúdio no intuito de que alguém me responda o que está acontecendo com a raça humana? Sempre me pego nessa mesma pergunta e nunca acho resposta que me contente. O mundo (literalmente) está uma nojeira só e o ser humano que se julga Homo Sapiens Sapiens, ou seja, “aquele que sabe que sabe” se torna pior a cada dia. Não bastasse a poluição e a destruição que estamos provocando no planeta o homem agora deu pra regredir ao invés de evoluir! Você não ta acompanhando meu raciocínio nem entendendo minha revolta não é? Então veja só, vou ser mais especifico: A cada dois anos “exercemos nosso direito de cidadão ou cidadã”, elegemos prefeitos e vereadores e de quatro em quatro anos elegemos presidente, governadores, deputados estaduais e federais e senadores, pois bem, afirmo que o sujeito homem está ficando a cada eleição menos inteligente, pelo fato de colocar no poder quem não “presta” (se bem que nesse meio quase ninguém presta!) o ser humano que se diz tão esperto e o mais “racional” dos animais não está mais pensando com o cérebro e sim com o bolso. Todos sabemos, que economicamente o que faz o mundo girar hoje é o sistema capitalista, sistema esse que foi implantado pelo e para o homem no intuito de que os bens fossem descartáveis para que quem produzisse, produzisse mais e quem consumisse, consumisse cada vez mais... A situação chegou a tão ponto que hoje ninguém tem mais tempo pra nada a não ser trabalhar para ganhar dinheiro e ganhar para gastar e gastar para consumir... No entanto, a quem use de algumas artimanhas (para não dizer falcatruas e jogo sujo) para ganhar mais que o outro e assim ser um sujeito mais “Sapiens” pelo simples fato de possuir mais bens de consumo que o outro (mas isso é outra estória...). O fato é que o homem achou uma velha profissão, a de levar vantagem para com os demais do bando pelo fato de exercer a liderança, deve ter sido observando a natureza. O leão, por exemplo, fica deitadão descansando enquanto as leoas vão a caça, se matam de correr, bolam estratégias para só assim na 3ª ou 4ª tentativa abatem a pressa e quando está tudo pronto para o “banquete” o líder do bando chega primeiro come as melhores partes da pressa e quando está saciado deixa o que sobrou para o resto do bando. Não só os leões são assim como quase todas as espécies de animais que vivem em bando. O ser humano que se diz um “animal’ racional e moderno, que tem tantas novas idéias, que cria invenções espetaculares, que vai a lua, etc. Este mesmo ser humano que na tentativa de negar sua natureza de animal raspa quase todos os pelos do corpo, porém continua a exercer as mesmas praticas dos animais que vivem na floresta. O leão ao menos tem o mínimo de caráter, pois o leão é o líder do bando, ganha as melhores partes da carne, tem um arem só seu, não faz esforço algum pra caçar mas na hora de defender o bando de outros leões e outros predadores o mesmo exerce sua função e com muito honra por sinal. Com o bicho homem é diferente, matamos e morremos para conseguirmos o direito do voto, quando conseguimos votar somos obrigados a tal ato (creio que é para ficarmos devendo favor aos lideres de nosso bando) e ao votarmos na democracia somos enganados pelo tal do capitalismo, compram nosso voto por um papel que tem alguns desenhos de números e um bicho (coincidência?) para mim é inaceitável, e quando o voto é comprado por milheiros de tijolos, telas ou sacos de cimento, menos aceitável ainda, pois ao se vender por materiais você está assinando subconscientemente seu atestado de incompetência de trabalhar para conseguir tais materiais de forma honrosa e licita. É lamentável que o ser humano em pleno século XXI e tão moderno como se julga ser ainda se venda, é vergonhoso que um sujeito que se auto-intitula a imagem e semelhança de Deus esteja em franco decadência como vimos e vemos em período eleitoral. Que democracia é essa que lhe persegue e lhe barra se não votar em fulano, em que liberdade de expressão vivemos se o camarada não pode nem expressar sua vontade de mudança? Trabalhar com a democracia é complicado, ainda mais inseri-la em um ambiente onde ele não é aceita, aonde infelizmente o coronelismo nem o “voto de cabresto” acabou! Esse texto não irá mudar a cabeça de quem pensa em tirar proveito em períodos eleitorais para beneficio próprio. A minha utopia com este texto é a de que nunca mais verei casos de pessoas humildes (ou não) se venderem por qualquer preço, seja ele alto ou baixo. Ao se vender você está desrespeitando os ideais de quem tanto lutou e até morreu para poder conquistar esse “direito”. Ao se vender você está perdendo o pouco que se tem que é a moral e o respeito. Votar e errar tem concerto, logo logo virá outra eleição e quem sabe você acerta, mas votar sabendo que está votando errado e não ter moral pra reclamar posteriormente é lamentável. Por isso ao votar, vote consciente, sei que essa frase é um jargão bastante conhecido e nos dias de hoje não quase nenhum sentido para a maioria das pessoas, mas quero te dizer uma coisa, se o voto consciente ainda faz sentido pra mim deve fazer para mais pessoas e quando a consciência pesar mais que o bolso nas eleições, aí sim estaremos livres das sanguessugas engravatadas.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O Tempo...

A (di) visão da visão
Quando dá à volta
E volta a (re) encontrar
O verso no inverso.
Na volta pra casa já sem asas
(Re) construindo a aflição.

É quando vejo o desejo
A ação e seu destino
Me dando um beijo
Numa quase violação,
As vezes gosto
E outras vezes não.

O tempo nos forma e transforma,
Conforta e transtorna!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Enquanto isso na frente da TV.


As duas da madrugada, horário de verão,
A vida nas calçadas,
Vejo o noticiário na televisão,
E não faço nada!


Outra pessoa é assassinada,
Morre mais um irmão,
Crianças adultas cheiram cola e se aquecem no frio,
Mais outra CPI no Brasil,
A China ameaça,
Enquanto isso estou na minha casa,
Vendo televisão,
Mais um programa de um domingo de alienação.


Prostitutas nas esquinas,
Tentam ganhar seu pão,
A Amazônia é desmatada,
Outra chacina é executada,
E eu em minha casa,
Assistindo um jogão!

Mais um mendigo morre queimado,
Mais uma jovem é estuprada,
Mais uma esposa é espancada,
E continuo sem fazer nada...

Poema para a seca (ou a saga: morte e vida Severina)


Minha gente camicase que se mata de trabalhar.
Cangaceiros capazes de pedir: por favor, desculpa e licença,
Gente boa e de vivencia que não deixa de sorrir,
No chão mais pedra que terra,
Interior sertão, capaz de submergir do fundo do cascalho duro.


Dureza, grandeza e beleza de um povo guerreiro e sofredor,
Convivendo a todo tempo com a dor,
E dela tirando a melhor lição de vida.


O desgosto no rosto se torna invisível,
Pois a esperança é maior,
Esperando por dias melhores que nunca virão,
Antonio tinha razão: o sertão vai virar mar e o mar sertão!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A construção da "modernidade" chilena.

O Chile, pelo fato de está localizado geograficamente meio que isolado do resto da América do sul, ficou fisicamente longe de invasões territoriais, consequentemente “sobrou” mais tempo para que o país organiza-se estrutura e politicamente, pois não havendo a preocupação de invasores se torna prioridade à preocupação no bem estar da população desse comprido país. O Chile surge como modelo ideal de modernidade para os demais paises, pois ao contrário de outros paises, institui um estado forte que garantia de certa forma um bem estar social perante todas as camadas da sociedade local. Enquanto na maioria dos países americanos as mudanças estruturais da sociedade começaram de baixo, dos grupos economicamente desfavorecidos. No Chile acontece o oposto, as reformas partem do próprio estado, ou seja, de cima pra baixo, invertendo assim a ordem. Vale ressaltar que no Chile ocorreu uma mudança considerável no que tange as questões econômico-sociais. Não devemos deixar de citar o fato das pessoas passarem a usufruir cada vez mais condições melhor de sobrevivência; estradas melhores, saúde melhor, educação de boa qualidade... Com isso o Chile se estrutura e dá um passo a frente no que diz respeito à comparação aos outros paises do continente. Até então, a população do Chile não tinha do que reclamar, pois o país estava indo de vento em poupa na questão estrutural interna, porém, como diz o dito popular “nem tudo na vida são flores”, o país começa a se desestruturar politicamente e no ano de 1891, adota um novo padrão de sistema político, para ser mais especifico, há mudança no parlamentarismo republicano, onde nesse momento, já acontecia uma guerra civil que exige uma reorganização da reforma política de dominação oligárquica. O estado com seu poder forte é o mediador entre alguns grupos político-sociais e o mercado internacional, mas, por trás disso também existia a questão de exportação, pois com a guerra civil o Chile quebra os acordos com paises compradores de seu Salitre e Cobre, acarretando assim em uma valorização dos minerais, aumentando seu preço de exportação. Ou seja, quem pretendia adquirir Salitre ou Cobre chileno agora tinha que pagar mais caro. A história se encarrega de dá “um pulo” e fazer um recorte temporal até 1925, onde uma nova forma de governo é criada, chamado de presidencialismo, conservando a nova configuração política da anterior vista. Apesar de instabilidades e uma breve implantação de uma ditadura militar, o sistema político se estabiliza em 1932, criando assim um forte sistema partidário. Com o fortalecimento dos partidos políticos, os mesmos passaram a exercer no cenário político chileno o radicalismo, mas precisamente na década de 1940, o reformismo exaltado da democracia cristã e a unidade popular. Cria assim um clima de uma maior participação política de todas as bases da população, tornando assim novamente (com o nacionalismo) um clima favorável para o “povão” pensar e exercer a sua cidadania. O governo chileno também cria uma política de industrialização e protecionismo de seus produtos, (foi citado como exemplo anteriormente os minerais chilenos). Podemos observar que neste mesmo período da história chilena também acontece cresce um considerável crescimento urbanização. Ser um país moderno e justo para o Chile era promover o bem estar da sua população, conseqüentemente há uma crescente alfabetização da população, diminuição da mortalidade infantil e uma maior participação da sociedade nos assuntos políticos do país, é simples: povo educado e consciente = a maior participação e poder de resolução de problemas em seu país. Um exemplo de governante que deu espaço para a população foi o presidente Alessandri, mas, a contra ponto, seus opositores não o viam com bons olhos, não aceitavam de modo algum tais mudanças que Alessandri estava a fazer. Alessandri nesse mesmo período enfrentar uma notável crise financeira, também há um embace entre o executivo e o legislativo, um acusa o outro de corrupção e vice e versa. Os militares pressionam o governo a fazer medidas que garantissem as mudanças na legislação trabalhistas dentre outras reivindicações. Posteriormente aparece a figura de Carlos Ibranêz, vindo do movimento militarista, continua as reformas na educação e saúde. Ganhado simpatia popular ao ponto de se manter no poder por vários anos, criando uma ditadura forte e quase imbatível, pois como já se foi dito, lbranêz tinha a seu favor, o apoio popular, que por sinal é fator principal para ele ter se mantido no poder. A população e os partidos da frente popular pensavam que os militares entregariam o poder depois de um tempo, não aconteceu tal fato, foi aí então que os partidos se mobilizaram e passaram a lutar pela saída do ditador. Sendo assim, em linhas gerais podemos afirmar pelo o que foi visto, que o Chile foi considerado moderno e serviu de modelo para os outros paises. Pois, numa época em que a maioria dos paises sul-americanos não se preocupavam em ajudar de alguma forma sua população, o Chile caminhou no caminho inverso, fez o contrário, uma política de auxilio desde os mais pobres aos financeiramente bem resolvidos, e deu certo, ao menos por algum período de tempo o país quase acabou com a pobreza, o analfabetismo, se contar que tornou seu mercado forte e buscou o exercício de cidadania em cada individuo chileno. De 1973 a 1990 assume com um golpe de estado assassinando não só o então presidente e ex-aliado Allende como também milhares de oponentes o militar Augusto Pinochet, mas isso é outra história...

domingo, 7 de setembro de 2008

R(EVOLUÇÃO) CUBANA E MEXICANA

O que se subentende-se por revolução? Será que em algum momento da história houve revoluções? Sem duvida houve algumas dessas revoluções que de revolução só havia o nome, a contra ponto, houve algumas outras que honraram a nomenclatura Revolução, que por sinal significa mudança, sejam elas estruturais, sociais, culturais e/ou ideológicos. As revoluções (de direita ou esquerda) mudam e muito um país. Ela pode ser pacifica ou de forma violenta, armada ou não, mas sem duvida alguma, é beneficiaria a alguma classe social, seja rica ou pobre, mas especificamente beneficia alguém que há faz. Em suma, na realidade as revoluções geram mudanças já mais vistas antes. Dois exemplos de revoluções sem sobra de duvidas são as revoluções: mexicana e cubana, ambas tiveram um importante papel não só para a para a América latina como também para todo o mundo, pois nelas a população menos favorecidas economicamente, tiveram um grande papel, um peso nas decisões que regiam as respectivas revoluções. Na revolução cubana, podemos observar o surgimento de um líder vindo da classe média local (Fidel Castro), Fidel era filho de uma importante e bem sucedida família aristocrática de Cuba, Advogado de profissão, escolheu como sua arma não o papel e a caneta, mas sim o fuzil e a selva. Castro indignou-se ao ver tanta pobreza em seu país (Que por sinal era o parque de diversões dos E.U.A,), Fugêncio Batista era um simples bode expiatório do americanos. A única importância que a ilha tinha para os americanos era a questão de que lá havia muitos cassinos e prostíbulos que funcionavam como parque de diversões americano, sendo assim, a única preocupação de Fugêncio era os cassinos e prostíbulos, enquanto isso o povo cubano vivia na miséria e na desigualdade absoluta. Enquanto a população era explorada alguns poucos se beneficiavam com o latifúndio da cana de açúcar, na época da ditadura fugenciana o povo cubano vivia sem nenhuma perspectiva de melhoria de vida, é aí que Castro se comove com a situação e passa a lutar por melhores condições de vida para a população pobre. Porém, sozinho não se pode fazer nada, Fidel então se junta a algumas dezenas de jovens idealistas e destemidos e com o apoio de um medico argentino chamado Ernesto “Che” Guevara, os companheiros conseguem dia após dia a confiança e simpatia dos camponeses, e dia-a-dia as vitórias e avanços são visíveis (apesar das tentativas de frear o movimento) até que os “Barbas” conseguem tomar o poder político do país. Já na revolução mexicana, a massa pobre não só apóia o levante como também é chamada a lutar pelas tão sonhadas melhorias sociais. No México dois lideres se destacam, Emiliano Zapata e Pancho Villa (por alguns estudiosos, visto como um simples bandoleiro, por outros como um grande estrategista), o primeiro no sul e o segundo no norte. A revolução mexicana foi propriamente de caráter agrário, defendia a aquisição de terras para os verdadeiros agricultores e/ou indígenas através da reforma agrária. É contraditório, mas na revolução mexicana a burguesia local em acessão viu no movimento uma forma de se aliar e ganhar apoio dos povos indígenas que eram maioria, com o apoio da população seria mais tranqüilo tal acessão. Nas duas revoluções (mexicana e cubana) podemos traçar pontos em comum e pontos divergentes, pontos que ligam a mesma bandeira de luta (como reforma agrária) e a mesma revolta contra poderosos no poder dos respectivos paises. Outro ponto em comum dessas duas revoluções é que em ambas, antes o que se via era um sistema ditatorial de governo, onde os que estavam no poder se fixavam por um longo período de tempo e pra se manter no poder político do país usavam da repressão físico-cultural. Mas existiam também divergências entre as duas revoluções. Na cubana existia ideologias que a sustentava, já na mexicana os indígenas e camponeses não se preocupavam na questão que tange o ponto de vista ideológico, sem uma carga ideológica apurada, os lideres da revolução mexicana (Zapata e Villa) não se preocuparam em eliminar o poder político deposto, que teve tempo de se reorganizar e retomar o poder, ao chegarem novamente ao poder, os mesmos optaram pela eliminação dos dois lideres e acabaram assim com todo e qualquer novo movimento de revolta. As duas revoluções tiveram um grande papel para a América latina, pois nelas os outros paises se apoiavam ideologicamente e cada vez mais acreditavam que era possível mudar seu país, pra isso se fazia necessário a luta armada, luta essa que visava a tão sonhada justiça social e uma maior participação das minorias na questão política e principalmente em distribuição igualitária de terras produtivas, pois acima de tudo, a população camponesa e indígena tinha sede de terras para cultivar. A cima de tudo podemos identificar nas duas um sentido populista, com uma pitada de empatia da população explorada para com seus lideres, que por sinal sentiram a força do povo para que se efetiva-se tais mudanças. Outro ponto comum nas duas revoluções é que tanto na cubana quanto na mexicana, só conseguiram tomar o poder com a força do povo, com a indignação popular depuseram as ditaduras que oprimiam a todos. A grande cartada das revoluções populista é o fato de que as mesmas defendem a reforma agrária e terras para todos, sendo assim, quem é camponês e indígena começa a apoiar a causa revolucionária. Na cubana a reforma ganhou impulso, as grandes propriedades foram sendo divididas em pequenos lotes (mas sem pertencer aos camponeses e se ao governo, o que chamamos de estatização territorial), pertencente ao estado ou não, houve uma mudança considerável na vida da população cubana que na sua maioria é camponesa, de qualquer forma agora tinha terras pra trabalhar. De forma contraditória na revolução cubana aconteceu à forma de centralização de poder, os mesmos que combateram a ditadura de Batista fizeram a mesma coisa, pois não houve alternância de poder, ficando no poder exatos 59 anos e 55 dias, Fidel só se afasta (em 24 de fevereiro de 2008) por problemas de saúde, dando lugar a seu irmão Raul Castro (que também lutou na revolução). Durante a tomada do poder em 4 de janeiro do ano de 1959, uma das primeiras coisas que o comandante Fidel fez foi repartir em lotes as terras pertencentes a sua família, gerando assim indignação dentro de sua própria família, até hoje sua irmã e uma filha de Fidel se encontra exilada nos Estados Unidos. A revolução mexicana também fez reforma agrária e hoje o PRI comanda o setor político do México. Portanto o que podemos observamos com as revoluções cubana e mexicana, é o fato de que serviu de exemplo para todos os paises no sentido de que os poderosos não reinariam mais sozinhos e não dormiriam mais tranqüilos, pois, com a revolução surge outro ator político, o povo. Ao mesmo tempo o povo percebe que há possibilidade de mudança, basta se unirem através de um ideal e querer a mudança do fundo do coração, lutando com todas as forças e preparado para sacrificar sua vida privada por um objetivo único, a melhora de toda classe explorada.

Saindo da vida e entrando na História.

O caso de Getulio Vargas com o Brasil passa por três fases denominadas por mim de "namoro", "Lua-de-mel" e "Divorcio". A fase namoro (1930-1937) corresponde ao período em que Vargas esteve de bem com o grupo militar do Brasil, ou seja, o que o autor vem denominar “namoro” é o fato dos interesses de ambas as partes (presidente e forças armadas) se assemelham. No período de namoro, Getulio fortalece as forças armadas no quadro nacional, fortalece no que diz respeito a equipamentos e moralmente também, pois a partir de 1930 as forças armadas obtêm um maior prestigio e um grande campo para expor suas vontades. Como nada é de graça, em troca desse apoio getulista as forças armadas deveriam assegurar Vargas no poder durante anos e anos, enquanto os militares exerciam o poder na rua, Getulio se perpetuava a cada dia no comando do Brasil. Podemos classificar tal relação entre os dois poderes como literalmente uma relação de troca de favores. Góes Monteiro era “o cabeça” da relação, Getulio Vargas e o general Góes Monteiro tiveram uma relação de cumplicidade grande, pois, ambos queriam o poder para si, porém os dois não poderiam se desvincular, tendo em vista que um completava a ação de pensamento do outro, ao se afastarem perderiam os dois, o poder. Assim como Vargas, Góes era ousado e ambicioso. No começo, o casamento não foi tão calmo assim, pois nas próprias forças armadas havia divergências e brigas entre as várias patentes. Góes em 1934 dá um pulo maior que as pernas e carregado de ambição se candidata a presidência da republica em oposição a Vargas, não se elege e de quebra Vargas consegue desestabilizar ainda mais os militares, jogando uns contra os outros, conseqüentemente ocorre o enfraquecimento de Góes Monteiro. A segunda fase é a que o autor vem chamar de “lua-de-mel” (1937-1945) É o período em que a 10 de Novembro do ano de 37 Vargas com o apoio dos militares fecha o congresso nacional e estabelece a partir daquele momento o chamado Estado Novo, até a data presente, Getulio a ainda tinha o apoio dos militares, e é nesse período que o presidente ditador consegue maior apoio das forças armadas. A ação como sempre é encabeçada por Góes Monteiro. Apesar da ditadura estabelecida no país é nesse recorte histórico que o Brasil avança e cresce com o incentivo a indústrias. Em suma, o país deixa de ser um país atrasado diante dos demais e começa a ganhar estatus de país industrial, o que por sinal iria deixar Getulio Vargas mais alguns anos na presidência e conseqüentemente no poder. Até dado momento como já se foi dito, a relação entre presidente e militares estava indo de vento em poupa, mas como tudo que começa acaba, esse “casamento” também iria acabar mais cedo ou mais tarde, e foi na terceira fase que a relação se desgastou e se tem “o divórcio” (1945-1960) Chega principalmente pelo fato de Getulio alterar as leis trabalhistas para melhor, em relação a situação dos trabalhadores, com isso o presidente viria a ser conhecido como “O pai do pobres”, enquanto os operários agradeciam a Getulio, os militares questionavam sua atitude, que não foi vista com bons olhos pelas forças armadas, pois, Getulio estava ganhando mais popularidade e respeito que a própria força armada e isso era prejudicial para os comandos da marinha, exercito e aeronáutica. É contraditório e paradoxal, com o passar do tempo, o próprio comando que outrora Vargas coloca no poder,queria depor o presidente, nesse caso a mesma mão que apedreja é a mesma que um dia acariciou! Os três poderes agiram juntos para exonerar Vargas, até então as três forças nunca tinham trabalhado tão bem em conjunto, porém pouco antes de acontecer tal fato, Vargas se antecipa, escreve uma carta de despedida e encerra a escrita com uma frase marcante que dizia "Saio da vida para entrar na História". No dia 24 de Agosto de 1954 comete suicídio.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

HÁ DE 70 ANOS EM ANGICOS...

Herói ou vilão? Mocinho e bandido! Virgolino Ferreira da silva, mas conhecido como “Lampião”, foi temido e admirado por toda região nordeste, o mito do cangaceiro justiceiro vive até hoje no imaginário deste povo. Nascido no município de Vila Bela (atual Serra Talhada-PE), Virgolino (04/06/1898- 28/07/1938) e sua família são ameaçados em 1915 por capangas da família Nogueira, grande família latifundiária da época. Virgolino tem seu pai espancado, como era de costume no sertão a lei do “olho por olho, dente por dente” assim se fez. Juntamente com seu irmão Ezequiel, virgolino mata dois capangas dos Nogueira e foge com toda sua família para o estado de Alagoas. Lá seu pai é executado por capangas da família Nogueira. Aos 21 anos percebendo que o poder publico não agia em pró dos humildes, resolveu fazer justiça com as próprias mãos e criar suas próprias leis. Era chamado Lampião pelo fato de atirar muito bem no escuro e no disparar da sua arma, surgiam faíscas que lembravam a luz de um lampião. No ano de 1920, Lampião entra para o bando de Sebastião Pereira, dois anos mais tarde S. Pereira abandona o cangaço e passa o posto de chefe a Lampião. Durante sua curta jornada na vida de banditismo, lampião e seu bando por onde passavam aterroriza grandes fazendas e Vilas. É verdade que havia outros grupos de cangaceiros, mas nenhum foi tão famoso quanto o bando de Lampião. Virgolino não perdoava o enriquecimento ilícito dos coronéis, abominava a exploração dos grandes contra os pequenos agricultores. Em suma, lutava e tentava combater as injustiças sociais no NE. Lampião também faz parte do imaginário nordestino por suas batalhas homéricas na caatinga e pelos julgamentos que fazia em praças publicas. Na cultura do cangaço não havia perdão nem justificativa para traição, estupro e falsidade. A lealdade para com os paradigmas do cangaço era tão forte que até mesmo cangaceiros do seu bando quando faziam algo errado eram julgados como um réu qualquer. Apesar de semi-analfabeto Lampião gostava de ler jornais e escrever cartas a grandes lideres políticos das cidades por onde passava. Tais cartas sempre vinham acompanhadas de algumas reivindicações (e alguns erros de português). Também se deixou ser fotografado e filmado, em certas ocasiões (como bom estrategista que era) usava a imprensa a seu favor. Também era um exímio costureiro. Engana-se quem acha que as vestimentas do cangaço eram sem cor e sem brilho, pois, apesar de serem feitas de couro não deixavam de ter ornamentações confeccionadas pelos próprios cangaceiros, enfeites que iam do aplique de pedras preciosas aos bordados e crochês. Os chapéus era um caso a parte, sempre imponentes e inconfundíveis, cada cangaceiro tinha um zelo especial para com o seu, pois o chapéu de um cangaceiro refletia seu perfil. Lampião por exemplo, colava moedas antigas e valiosas no seu. Graças aos cangaceiros hoje podemos dançar o “Xaxado”, dança criada pelos bandoleiros para tentar esquecer a solidão e a falta de uma vida alegre e estável. Servia também como dança de guerra, na falta de mulheres eles dançavam com suas armas e até mesmo homem com homem, o que é um paradoxo diante do conceito de “cabra macho” no NE. Em 1929, com a chegada de Maria Bonita (que fugira do marido sapateiro para viver com o valente cangaceiro) começou a se aceitar mulheres no bando, quebrando assim mais uma vez outro paradigma nordestino, o de que a mulher é um ser frágil e que traz azar. Lampião reformulou as tradições dos grupos de insurgentes bandoleiros do Nordeste, em pleno agreste brasileiro o semi-analfabeto e por muitos tachados como bandido, de uma maneira bem peculiar estava fazendo cultura, já se foi citado exemplos aqui como a própria musica-dança Xaxado e os adornos nos bizacos e gibões destes guerrilheiros sertanejos. Podemos notar também como herança do cangaço o comportamento e paradigmas dos vaqueiros sertanejos de hoje. Lampião foi uma espécie de Robin Wood brasileiro, pois, algumas vezes roubava dos ricos e doava uma parte aos pobres, com isso, o mesmo ganhava apoio da população local, dava e recebia proteção. Também era subsidiado por alguns coronéis. “Pousava” em algumas fazendas quando a coisa apertava e as volantes o perseguiam. “Deu fim a muitos macacos” (matou muitos policiais) por essas fazendas sertanejas. Seu bando era odiado pelo governo e respeitado pelos civis “matutos”, se tornava difícil capturar os bandoleiros, pois, a população local na maioria das vezes simpatizava pela causa de luta dos cangaceiros. Em 1926, por intermédio de Pe. Cícero (pessoa que Virgolino respeitava muito) recebeu o convite para combater a coluna Prestes (coluna comunista que tentou tomar o poder no país) junto com o convite veio à patente de capitão honorário das forças legais, armamento e munição. Só que, lampião recusou-se a combater tal coluna e a partir daí resolveu durante todo resto de sua vida carregar consigo a patente de Capitão, que segundo ele fora dada por Pe. Cícero e não pelo governo. Lampião com esse episódio conseguiu mais uma contradição na história, pois, um bandoleiro fora da lei recebeu o convite e a patente de capitão do exercito brasileiro para combater ao lado do estado! Há mais estórias sobre Virgolino Ferreira da Silva nas entrelinhas do tempo que a nossa vã filosofia pode imaginar, alguns desses relatos cientificamente comprovados, outros nem tanto. Mas, o importante é que Lampião e seus cangaceiros entraram para a história do NE, nos sete estados (PE, BA, SE, AL, PB, RN e CE) que passaram, causaram um misto de respeito e indignação, empatia e ódio, Um bom exemplo é o de que em PE Lampião é visto como herói, já em SE é tido como bandido. Dicotomias que a história prega nas biografias de grandes figuras, Julgamentos a parte... Chega ao fim na madrugada chuvosa da cidade de Porto folha, na fazenda sergipana “Angicos” em 28 de Julho do ano 38, Lampião, Maria Bonita e mais nove de seu bando, perdiam a vida numa emboscada realizada por militares da policia alagoana comandados pelo tenente João Bezerra. As cabeças dos bandoleiros foram enviadas a Salvador-BA onde ficaram expostas por mais de vinte anos. O cangaço ainda continuou vivo, porém, não mais o mesmo. Sem seu principal “capitão” os “soldados” do cangaço se encontravam desmotivados, tomaram rumos mais seguros para suas vidas. Se Lampião foi o mocinho ou o bandido não cabe esse artigo julgá-lo, o certo é que por essas bandas nunca mais apareceu um líder estrategista como Virgolino Ferreira da Silva.
*ARTIGO TAMBÉM ENCONTRADO NO SITE: www.pernambucobeat.com

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O REINO DAS COBRAS CAPITALISTAS

Era uma vez a não muito tempo atrás um reino chamado “Capitalismo”, no trono deste reino se encontrava sentado um rei de nome “Consumo”. O reino tinha como crença a religião denominada “Cifranismo”, na religião cifranista acredita-se que o poder está nos mandamentos dos monetários, seguindo tais mandamentos o individuo poderia passar de um simples mortal para um ser “evoluído” mais conhecido como Burguês. No reino capitalismo só os burgueses eram felizes (ou ao menos pensavam que eram). Os burgueses pensavam ser felizes pelo fato de achar que conseguiam comprar sentimentos como amizade, amor, carinho, companheirismo e até saúde e paz. Pobres almas, mal sabiam que tais sentimentos não eram objetos. A distribuição de renda no quesito falsidade, traição e manipulação em tal reino era farta, os Burgueses achavam que o mundo se resumia puro e simplesmente ao seu reino. Apesar de comandarem político e socialmente o reino capitalismo e na maioria das vezes exercer força sobre as classes menos favorecidas os Burgueses nem muito menos o rei Consumo tinham em suas mentes sentimentos puros e sem segundas intenções, sempre que faziam uma boa ação esperavam algo em troca... Como a História explica, todas as super potencias dominantes que já passaram no planeta, se tornaram extintas por suas próprias mãos. Por suas atitudes arrogantes e vantajosas. O final dessa estória já sabemos, com todos os “ratinhos” já devorados, e as “cobras” tendo a dieta constituídas basicamente de carne, irão uma engolir a outra, chegará o dia em que só sobrará poucos exemplares dessa espécie peçonhenta. E finalmente, o reino acabará. Mas, infelizmente por um tempo, até se destacar mais uma espécie dominante e o ciclo da História se repetir. Seria tão melhor se não existissem fronteiras, pois, sem fronteiras não haveria reinos, sem reinos cobras não estariam no poder e sem poder não haveria hierarquia, sem a tal hierarquia existiria igualdade e com igualdade entre os animais (os homens e as classes) não sei se o sofrimento acabaria, mas com certeza a felicidade existiria por mais tempo. Afinal, não custa nada sonhar, imaginar ainda é de graça!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Praça da Bandeira (Campina Grande-PB)

Sabemos que praça é qualquer espaço publico ou privado urbano livre de edificações, onde só circulam pedestres, sendo proibido o trafego de veículos de tração ou motorizado. A praça tem como função a recreação e laser não só da população local como também vinda de outros lugares. Na praça pode se observar ajardinamentos, calçadas largas, etc. Também podemos encontrar como fazendo parte do imobiliário urbano da praça, bancos e lixeiras, postes e orelhões, tais como ponto de ônibus, bancas de revistas, posto policial e pontos comerciais como bares, lojas e cafés.A Praça da Bandeira localizada no centro da cidade de Campina Grande na Paraíba é um bom exemplo de integração social, encontro entre amigos e eventos da cidade. Ao termino das aulas, muitos jovens estudantes vão a Praça da Bandeira para se encontrar, pois algumas escolas se localizam próximas dali, tais como Colégio Imaculada Conceição (Damas), Motiva, Aprovação, CDF, Colégio Alfredo Dantas (CAD), etc. Na praça não há só jovens, adultos também se fazem presente na referida praça, tomam café, lêem jornal, engraxam seus sapatos e se reúnem com os amigos. Quem sai dos correios (que se encontra nos arredores da praça) geralmente também dá uma passada na praça para, como já foi dito, esquecer um pouco da correria do dia-a-dia e rever velhos amigos. Na Praça da Bandeira também ocorre vários eventos de inúmera natureza, desde protestos a cultos religiosos, apresentações de artistas populares que tentam ganhar o pão de cada dia, sem falar nos festivais ocorridos na praça, dentre eles está um dos festivais mais importantes da cidade de Campina, que é o Festival de Inverno, onde vários artistas do quadro nacional se apresentam, a exemplo de Nação Zumbi, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Belchior, dentre outros. Em suma, a praça da bandeira, tem como finalidade promover o bem estar político e social da cidade de Campina Grande. A Praça da Bandeira, antes de ser batizada com esse nome, era chamada de Praça Índios Cariris. Não só houve a mudança do nome na praça, como também houve mudanças físicas radicais na praça. Nas gestões do prefeito campinense Vergniaud Wanderley (1935-1938) e (1940-1945), não só a praça foi reformada, como todas as principais vias de Campina. O objetivo era avançar a cidade a Oeste, mas, também a intenção na época era desobstruir a região central da cidade (na mesma época foi inaugurado o Grande Hotel), a conseqüência de tanta modernidade foi prejudicial, pois no espaço físico da antiga praça se localizava a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que teve que ser demolida para abrir vias. A demolição da Igreja começa no dia 15 de Agosto de 1940 e concluída tal demolição a 18 de Outubro do mesmo ano. A maioria dos estudiosos critica tal demolição, pois acreditam que não seria necessária extrema atitude. A Igreja e outras casas foram destruídas e indenizadas, a Igreja foi locada para um bairro (na época) periférico, o bairro da Prata. A padroeira da Igreja era a padroeira dos negros e com o processo de “modernidade”, os negros não eram vistos com bons olhos. O contraditório é que hoje a Igreja é uma das mais belas Igrejas da cidade e nela freqüentam a maioria branca católica da sociedade campinense, graças às doações de várias famílias ricas da época e da classificação do bairro da Prata como nobre. A praça hoje também é conhecida como Praça dos Pombos, devido à quantidade desses animais no local, a população ainda ajuda para a proliferação dos animais, alimentando-os e como se não bastasse, ensinando seus filhos a alimentar as aves que ali estão. Os pombos a principio foram usados para ornamentação da praça, para torná-la mais alegre. Só que com o tempo o aumento das aves foi de tamanha força que se tornou prejudicial para a conservação da própria praça como danoso para a saúde de seus freqüentadores. A Praça da Bandeira hoje tem uma área de aproximadamente 3.550 m², seu nome fala por si só, é uma homenagem a um dos símbolos nacionais. A praça até hoje é referencia de encontro entre amigos e até de negócios, a praça da bandeira como vimos, tem sua importância no meu político-social e cultural da rainha da Borborema, não só por ser localizada no centro, mas por toda sua história e sua luta de resistência as mudanças com a vinda do “progresso”. Não há quem nunca parou na praça para encontrar amigos (as), tratar de assuntos de negócios, tomar sorvete, esperar ônibus, engraxar os sapatos, tirar fotos 3x4 para documentos, tomar um cafezinho, comer tapioca, comprar livros, cordel ou revistas. Por esses e tantos outros motivos a Praça da Bandeira é um dos cartões postais da cidade de Campina Grande na Paraíba.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a_da_Bandeira_(Campina_Grande), Pesquisado em 2 de Junho de 2007 às 13:38. http://www.rosario.org.br/web/index.php?option=com_content&task=view&id=14

segunda-feira, 30 de junho de 2008

MAHATMA GANDHI

Mohandas Karamchand Gandhi foi uma dessas pessoas boas que a história vez ou outra costuma descobrir. Porém assim como tantos outros personagens históricos, não foi bem compreendido e pagou o preço por ser um homem a frente de seu tempo. Conhecido também como "Mahatma" (grande alma) o senhor de aparência frágil e olhar sereno mostrou ao mundo que para se ser ouvido necessariamente não se faz preciso o uso da força nem de armas. Nascido em dois de outubro de 1869 na Índia, o menino Gandhi na sua adolescência sai para a Inglaterra (então metrópole da colônia Índia) para estudar direito. Ao retornar para a Índia em 1891 o jovem advogado não conseguiu êxito na sua profissão, pois era muito tímido. Vai a África do Sul trabalhar como advogado de uma empresa Hindu e naquela terra repleta de pré-conceito racial sua consciência social aflora. Gandhi acabou permanecendo vinte anos na África do Sul defendendo a minoria hindu, o que não agradou nada o governo daquele país, Gandhi foi preso e condenado a seis anos de trabalhos forçados, na prisão durante o pouco tempo que tinha livre, Gandhi destinava o precioso tempo em leitura, ao ler obras como as de Tolstoy logo começou a perceber que o "amor universal" era possível e que a humanidade poderia ter a desejada paz que tantos sonhavam, mas para isso haveria que parar todo e qualquer tipo de exploração ou violência com o outro. Enquanto isso o movimento de protesto para a conquista dos direitos indianos na África do Sul continuou a crescer. Em novembro de 1913 Gandhi conduziu uma marcha com mais de duas mil pessoas, foi preso e solto ao pagar fiança, novamente foi preso e condenado a três meses de trabalho forçado, mas as greves continuaram. Enquanto isso a Índia ainda sofria pelo fato de ser colônia inglesa, Gandhi sugere a independência indiana, não por meio da força física, mas sim por meios pacíficos, a força do povo indiano para Gandhi teria que ser à força da alma. Volta à índia em 1915, sua tática de “luta” era a desobediência civil e as greves. Mahatma ajuda principalmente os operários que eram explorados nas indústrias têxteis, além de boicotar as roupas inglesas. Em 1920 Gandhi sugere a não obediência ao governo britânico e o não pagamento de impostos. No ano de 1928 o congresso indiano quis a autonomia da Índia e declarou guerra aos ingleses, Gandhi se recusou a apoiar tal atitude, pois sua filosofia de vida era a não violência. No ano de 1930 Gandhi consegue que qualquer índio tivesse o direito de fabricar seu próprio sal (monopólio antes do governo). Lutava também pelo direito de igualdade entre mulheres e homens. Com a Segunda Guerra Mundial se aproximando, Gandhi havia confirmado pacifismo, mostrou como a Abissínia (Etiópia) poderia ter usado a não violência contra o ditador Mussolini, recomendou também a mesma atitude de recusa de luta para os Tchecos e para os Chineses. Mahatma fazia seus protestos de forma pacifica, através do jejum. Finalmente em 15 de Agosto de 1947 a índia consegue sua independência e é dividida em dois paises (índia e Paquistão) os índios muçulmanos exigiram ter um estado independente a parte, coisa que os índios hindus não queriam, Gandhi jejuou mais uma vez e finalmente conseguiu a divisão dos agora dois paises de maneira pacifica, alguns hindus não gostaram nada da atitude de Gandhi, pois achavam que o mesmo estava do lado dos muçulmanos, só que Mahatma não estava nem de um lado nem do outro, apenas queria a tão sonhada paz. Infelizmente um hindu enfurecido em trinta de janeiro de 1948 numa reunião de oração Mahatma Gandhi é assassinado, em seu último suspiro cantou o nome de Deus.

terça-feira, 10 de junho de 2008

MARTIN LUTHER KING

Nascido em 15 de janeiro de 1929 na cidade de Atlanta estado da Geórgia – USA, Primeiro filho e de família pertencente à classe media norte americana, tendo a mãe exercendo a profissão de professora e o pai pastor de uma igreja evangélica Batista. Seguiu a carreira do pai cedo, com 19 anos o primogênito Luther King já era pastor. Inspirado no hindu Gandhi, que também pregava a não violência entre os seres humanos, Luther King foi um pacifista nato. Em 1955, Martin liderou um boicote ao transporte coletivo na cidade de Montgomery, no estado do Alabama, tal boicote teve a duração de um ano, a casa do pastor foi bombardeada. O ataque não o fez desistir, muito pelo contrário, o estimulou mais a lutar por direitos iguais entre negos e brancos americanos. Em 1959, viaja a índia para estudar mais sobre Gandhi e seus protestos pacíficos. Já no ano de 1960, Martin liderou uma onda de protestos pacíficos e boicotes aos brancos preconceituosos em diversas cidades dos Estados Unidos. A segregação racial não era praticada só em ônibus como também em hotéis, restaurantes, cinemas e tantos outros lugares públicos. Durante uma dessas manifestações Martin Luther King foi preso sob a acusação de estar causando desordem na sociedade.
O ano de 63 foi muito significativo e de extrema importância para que os reclames não só de Luther King como também de todos os negros americanos fossem visto, pois foi nesse ano que o mesmo lidera a Marcha de Washington, segundo estimativas chegou a 200.000 manifestantes pacíficos. Dentre outros pontos, a marcha defendia o direito do voto ao negro e o fim do exame (tais exames impediam a população negra de exercer seu direito civil ao voto). No mesmo ano, o pacifista também liderou a histórica passeata em Washington, onde proferiu seu mais famoso discurso: Eu tenho um sonho.
Posteriormente foi preso varias vezes sob a mesma alegação, o governo local o condenava-o por estar “perturbando a ordem social do país”. Em 1964, enquanto o Brasil estava em plena ditadura militar, Luther King ganha o premio Nobel da Paz.
Em 1965 a lei do direito de votos aos negros é aprovada, no ano de 1967, King se uni ao movimento pró Vietnã, tal ato de deixar a prioridade de luta pelos negros americanos para o movimento de paz mundial, não é visto com bons olhos por outros lideres negros, mas isso não o abala, pois ele não “lutava” só pelo seu povo, e sim contra qualquer tipo de exploração mundial.
Infelizmente a 4 de Abril de 1968 na cidade de Memphis, no estado Tenessee, Martin Luther King é baleado por um branco radical e não resiste aos ferimentos.
O assassino de Luther King foi preso e condenado a 99 anos de prisão. Morre o homem e vive o mito, até hoje, Martin Luther King é lembrado como um símbolo de luta por direitos iguais entre homens brancos e negros não só nos E.U.A como em todo o restante do globo terrestre.

sábado, 31 de maio de 2008

A VIDA E SUAS PEÇAS

E como diria o poeta: “É tão estranho, os bons morrem jovens”. Nem acredito no que aconteceu, a ficha ainda não caiu. Momentos antes do infeliz acontecimento a gente tava tão alegre conversando e rindo, tu com tuas caretas e eu com minhas piadas. Era uma tarde de sábado, mas precisamente dia 24/02/08 chegou à noite e nos despedimos, algo parecido como: - Até mais tarde, valeu. Mal sabíamos que faltava pouco tempo pra que a vida te pregasse essa peça. Infelizmente não sabíamos que aquela tarde seria a ultima tarde sua aqui na Terra, o chato é que depois de dois meses sem te ver, nem deu tempo de colocarmos o assunto em dias (como toda vez a gente fazia), nem deu tempo de acamparmos ou viajar a mais uma cidade, também não deu tempo tu me contar àquela estória que me dissesse que depois contaria, muito menos deu tempo de pegar os CDs num foi? Até então eu não sabia que não tinha todo tempo do mundo como quando somos jovens pensamos ter. Você mal sabia que nunca mais escutaria tua musica preferida, que nunca mais dançaria ou beijaria a pessoa que tu queria. Tantas coisas ficaram intermináveis na tua vida: Tua toalha úmida do ultimo banho ainda estendida, esperando ser usada novamente, tuas camisas dobradas nunca mais irão te vestir, teu vidro de perfume que ia acabar, agora continua com o mesmo conteúdo. Tuas coisas que só tu mexia e não queria ninguém bisbilhotando, agora os outros (mesmo que sejam da tua família) irão mexer. A vida apronta cada uma, uma hora a gente pensa que somos indestrutíveis pelo simples fato de sermos seres humanos e termos a favor de nós o conhecimento, mas nós mesmos que pregamos a paz e salvamos vidas, conseguimos fazer a guerra, sermos intolerantes e tirar uma vida sem pensarmos em dialogar. Passamos um terço da nossa vida estudando para sermos mais inteligentes e na hora que precisamos pensar não pensamos, trabalhamos para sermos dignos e honrados, estudamos para sermos cultos e mostrar aos outros que somos capazes, mas vem a morte e nós abraça. Pena que não sabemos quando ela vem, pois se soubéssemos, terminaríamos de ler aquele livro que só lemos até a décima pagina, assistiríamos novamente aquele filme que gostamos tanto e o mais importante de tudo: Diríamos as pessoas a quem amamos por toda nossa vida, o quanto elas são importantes pra nós. Primo, Se eu soubesse que era uma despedida talvez nem tivesse me despedido, até porque não acreditaria (nem ainda acredito) que aquela tarde de sábado era a tua despedida.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

PALAVRAS...

Palavras que ferem, que traem e atraem.
Palavras são quentes e tentadoras.
Palavras também se tornam tristes e frias.
Palavras nos guiam e nos fazem pensar.
Palavras nos alienam, nos fazem amar e ao mesmo tempo odiar.

Suas palavras: Duras palavras. Raras palavras: Cada palavra.

Palavras de desculpas, que machucam ou que culpam.
Palavras que não lembro ter dito nem tão pouco escrito.
Quando me encontro relendo-as, relembro e volto a imaginar
Como seria bom se as mesmas não viessem um dia me magoar.
Palavras ingratas que ficam marcadas, essas sim matam e chegam até sangrar.

Sem palavras não sinto, sem as palavras não minto nem falo a verdade.
Chego então à conclusão desse dilema:
Sem as palavras não teria a cumplicidade de escrever singelo poema.

quinta-feira, 27 de março de 2008

MULHERÃO !

Certo dia, perguntei a um amigo o que seria pra ele um mulherão, ele respondeu no mesmo instante o que foi programado culturalmente para responder e me disse que um mulherão na concepção dele seria uma mulher com a cara de Ana Hickman, o corpo de Viviane Araújo, os olhos de Ana Paula Arosio e a boca de Fernanda Lima. Esteticamente falando até que ele tem bom gosto, mas, o problema está aí, sempre pensamos no físico quando pensamos em mulher. Somos educados (por pessoas que nos cercam e por nossos próprios familiares) a sermos machistas, ficarmos com o maior numero de meninas possível e não nos apaixonarmos por ninguém, a função do homem na nossa sociedade que se diz pós-moderna é ganhar dinheiro para poder comprar o carro que quizer e sair com a mulher que quizer. Inconscientemente passarmos esse pensamento ridículo a nossos filhos (machos, claro). Não culpo meu amigo de ter tal opinião, afinal, a opinião é dele e tem que ser respeitada. Porém para mim, o significado de mulherão tem outra conotação, pra mim, mulherões foram àquelas mulheres que foram torturadas na ditadura, lutando pelos nossos direitos de cidadãos: direito ao voto e por melhores condições trabalhistas, o preço de tal ousadia foi a morte. Mulherão é a que mora na periferia e acorda antes do sol nascer para fazer o café do seu marido e das crianças, nem toma o próprio café que fez e sai para o trabalho, pega dois ônibus lotados de “machões” que sempre soltam alguma gracinha (e na volta pra casa é a mesma coisa). Mulherão pra mim é aquela que lava e passa pra fora, nunca deixa sua família passar fome e se preocupa em vestir e alimentar seus filhos sem se importar o que ela própria vai vestir ou comer, mulherão pra mim é aquela pessoa que cansou de apanhar do marido bêbado e pos um basta nesta humilhação denunciando o canalha e colocando-o atrás das grades (seu lugar merecido). Existem mais e mais exemplos de mulherões por aí a fora, na sua própria rua e/ou família há vários. Porém quase não paramos pra pensar nisso, você assim como meu amigo e eu, ao idealizarmos o que venha a ser um mulherão, só pensamos em mulheres siliconadas que em nossa sociedade não passam de um simples objeto momentâneo. Acho que a mulher já foi subjugada demais e ela mais que ninguém mostrou que tem seu valor. Nossas mães são a prova mais pura disso, que o gênero feminino merece todo nosso respeito.


( DEDICO ESSE TEXTO A TODAS AS MULHERES E AO MAIOR MULHERÃO QUE CONHEÇO: MINHA MÃE, POIS, SEM SUA EXTREMA DEDICAÇÃO E SEUS CUIDADOS EU NÃO ESTARIA AQUI )

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

PASSADO PASSADO A LIMPO.

Quanto mais vivo e quanto mais o tempo passa percebo que a vida juntamente com o que chamo de acaso, conseguem ser mais loucos que eu. A menos de uma semana completei mais um ano terráqueo de existência, mais 365 dias de vida (nos dias atuais se torna cada vez mais difícil avançar mais doze meses completos). Peguei o veiculo da vida há 23 anos. Às vezes pego engarrafamentos, vez ou outra viajo só e outras vezes com alguém no banco do carona. O fato é que vou continuar viajando na estrada da vida (que nem sempre é pavimentada) até que me falte combustível. Ao olhar através do retrovisor voltei ao tubo pelicular do filme da minha vida, comecei a observar pelo retrovisor o meu passado e o que se tem passado durante minha existência aqui por este planeta. Ao olhar para o que ficou na imagem refletida do passado vi uma criança feliz, esse menino trajava shorts estampados com frutas, alguns dentes de leite faltando e uma franja. Andando mais uns quilômetros pego uma chuva forte pelo caminho e só consigo ver o pai do garoto pelo retrovisor, pois nesse momento o pai quis tomar banho na chuva e provar as novas águas de inverno. Sendo assim, a mãe do menino teve que se adaptar e aprender sozinha a dirigir tal veiculo familiar. Passaram-se dias, meses e anos, assim como também cessou a tempestade. “Zé Piqueno” sente que está faltando algo a mais para impulsionar e dá mais força a sua maquina, então o mesmo resolve abastecer enchendo o tanque de conhecimento, parte para uma cidade nova, pois nesta cidade havia vários postos. Agora já se encontrava em sua fase adolescente, fase essa que vem cercada de rebeldia e de uma busca incessante pela indiferença. Deixou o cabelo crescer e se sentia quase um adulto porque quatro ou cinco pelos apareciam no seu rosto. Depois de ter percebido que o rendimento do seu motor de seu veiculo havia melhorado significativamente, o jovem sentiu a necessidade de mais combustível do conhecimento e o preço a se pagar por tal energético foi o distanciamento de seus amigos e de sua própria família tão querida. O adolescente com 15 anos incompletos tinha que se acostumar à idéia de guiar sua própria vida e seu futuro se encontrava em suas mãos. Apesar do forte combustível, foi um rali a experiência de guiar seu futuro a partir dos 15 anos, ora, nem carteira de habilitação ele tinha! Porém, nessa competição ele encontrou alguns pilotos amigos que o ajudaram, a contra ponto também teve a infelicidade de encontrar equipes rivais e pilotos trapaceiros. Acabando o rali, o adolescente já com um pouco mais de experiência havia se tornado um rapaz, cabelo cortado, o rapaz pegou a estrada novamente, mas desta vez para uma estrada mais longe. Agora o mesmo se encontrava mais só que nunca, a não ser por algumas fotos trazidas na bagagem. Em questão de meses o jovem já é era adulto completo, decidindo por si só o melhor caminho. Sua mãe, seus tios e primos além do apoio moral lhe fornecem peças de reposição. Neste mesmo período o homem pára de olha para o seu retrovisor e começa a partir daí olhar para o caminho que está a sua frente. Pôde notar que a cada dia a via por onde passa torna-se mais perigosa e difícil. Agora o homem quer ser piloto profissional e para isso tem que competir no GP da vida com recursos próprios, sem a dependência de patrocínios. Chegou a conclusão também de que o retrovisor de seu veiculo serve para alguma outra coisa além da função de olhar para trás, e sim, também serve para o condutor fazer uma reflexão das estradas por onde andou e os diferentes tipos de paisagens que viu ao longo do caminho. Espero que Zé Piqueno nunca esqueça as pessoas e paisagens que deixou pra trás ao longo de sua tragetória e desejo-lhe mais e mais quilômetros e milhas futuras.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

INOFENSIVA OFENSIVA.

Numa destas tardes de férias quando não se tem nada pra fazer e o calor do verão está a pino torrando nosso cérebro e acabando com o resto de nossas idéias, nos fazendo pensar em não estarmos em outros locais se não alguma praia, piscina ou cachoeira se refrescando. Pra variar comecei a pensar em outra coisa além de férias e lazer. Sendo assim pensei em um objeto conhecidíssimo de todos nós e imaginei como seria a nossa vida sem o mesmo. Pois conclui que esse objeto atrapalha mais que ajuda. O pior de tudo é que nos acostumamos tanto com o referido sujeito que se torna quase impossível de imaginar nosso dia-a-dia sem ele. Esse objeto se chama Sacola Plástica, é amigo (a), você deve está se perguntando – Tanto arrudeio pra se referir a uma sacola plástica! e o que danado tenho haver com isso? – Pois é, arrudiei tudo isso pra te falar de uma simples e inofensiva sacola plástica. Entretanto, esta sacola não se torna tão simples e inofensiva o quanto aparenta ser, ao se juntar as demais de sua “espécie” se torna um caos para a sociedade e um perigo para o planeta. Cada habitante do planeta Terra produz o equivalente a 19kg de sacolas plásticas por ano. A mesma sacola plástica que colocamos em nossas casas após as compras pode causar um mal imenso se não forem usadas corretamente. Não nos resta duvida que as sacolas sirvam para muitas coisas como colocar lixo, papel higiênico usado, etc. Porém em contra partida, sacolas plásticas quando jogadas na rua servem para entupir galerias e bueiros, a conseqüência desses entupimentos não só grandes cidades como São Paulo (que tem 80% da sua superfície revestida de concreto) como também cidades pequenas sofrem com esse tipo de poluição e sabem muito bem as conseqüências. As águas sem alternativa de passagem alagam nossas ruas e adentram nossas casas. Mesmos as sacolas que vão parar nos lixões ou aterros sanitários são um problema, pois são milhões de sacolas em cada lixão e com um contingente tão alto de sacolas junto da ação dos ventos, várias sacolas vão parar em pastos de terrenos visinhos (tendo em vista que a maioria dos lixões urbanos se encontra nas zonas rurais). O problema acarretado com tantas sacolas voando pelo campo é alarmante, pois os rebanhos (bovinos e/ou caprinos) ingerem o objeto e vão a óbito, gerando assim uma perda financeira para o proprietário do rebanho. Sem contar que tais sacolas representam 10% de todo o lixo produzido no mundo. O caso é tão grave que até nos campos se sente na pele e no bolso o efeito dessa praga. Todo ano são registrados casos aonde crianças menores de quatro anos chegam a faleceram através da asfiquixia causada por estas sacolas. Portanto, foi analisando o lado bom e ruim desse objeto que comecei a me perguntar: Será que precisamos mesmo de tais sacolas? Quem se responsabiliza pelo o caos que elas nos causa, as fabricas ou nós que utilizamos mais e mais dessas sacolas a cada dia? Será que estas sacolas são um mal necessário ou podemos viver sem as utilizá-las? Sei também que não posso negar o fato de Já termos nos acostumamos com elas e não podermos viver nosso dia-a-dia sem estas. Quero propor (começando por nos mesmos) ao menos uma redução gradativa. Está redução consiste, por exemplo, em voltarmos a utilizar sacolas mais resistentes como as sacolas de náilon, assim, toda vez que fossemos as compras usaríamos a mesma sacola e também não podemos esquecer-nos de reutilizar ao maximo as sacolas plásticas, nunca jogá-las nas ruas e sarjetas. Creio que se cada um fizer sua parte reduziríamos em um numero significante estas sacolas, que por sinal levam dois segundos para serem fabricadas e quatrocentos anos para serem decompostas! Ao reduzimos seu uso conseqüentemente as fabricas destas sacolas iriam fabricar menos unidades e economizaríamos uma considerável quantidade de petróleo, e assim, melhoraríamos nossa qualidade de vida. Quem diria que sacolas plásticas tão comuns em nossas vidas causassem tanto transtorno em nossa sociedade.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

BREVE HISTÓRIA DA ARTE PÓS-MODERNA.

A questão não é o que venha a ser arte e sim o que entendemos como arte. Essa denominação cada vez mais se torna impossível classificar. Pois sabemos que assim como a cultura, arte é toda e qualquer expressão sentimental, ou seja, há arte em toda manifestação cultural e a cultura em toda manifestação artística, as duas estão ligadas e isso é fato. Esta arte (assim como a cultura) pode ser classificada como “Erudita” ou “Popular”. Dependendo do ponto de vista de onde e quem a estuda. A arte (independente de sua forma, sejam ela; arte plástica como pinturas e esculturas ou peças teatrais, musicas, decoração, moda, etc.) sempre é analisada a partir do ponto de vista do estudioso que se encontra em campo fazendo tal pesquisa e do grupo humano que a realiza, que a executa. Quando partimos do ponto de vista que as artes sejam formas humanas de expressão, se torna subjetiva toda e qual vertente artística. Se já é difícil para os críticos e estudiosos do assunto imaginem para quem não se interessa ou nunca parou pra pensar no que venha a ser arte. Certo dia pensando no que viria a ser arte (do meu ponto de vista) contemporânea, resolvi escrever um pequeno artigo tentando explicar o que eu acho que venha a ser arte pós-moderna. E fiz mais, tentei também passear pelas ultimas décadas e não explicar, mas relatar as várias faces da arte. Como no artigo a baixo já analisei a música, não falarei de música e como tal pouco teatro é a minha área, não adentrarei no assunto. Focarei-me mais na influencia das artes para com os movimentos sociais e as formas de arte no campo da pintura, esculturas, moda e decoração. Pois bem, sem mais delongas. Vejo a arte na década de 50 como o inicio da arte contemporânea, foi no pós-guerra que surge a arte pós-moderna a fim de “maquiar” e tentar esquecer todo o passado (não tão distante) obscuro da guerra, tão obscuro quanto à idade media. No pós-guerra a crise na Europa se torna terrível, a arte a principio se infecta com tal lastima e reproduz a melancolia. A arte se inspira em instrumentos de guerra, surgem carros inspirados em aviões e submarinos, um bom exemplo disso são os carros da linha rabo de peixe. Sendo a arte uma simplificadora dos sentimentos humanos, cansou-se de refletir miséria e como na década de 60 o homem queria esquecer a miséria da guerra, a arte partiu para inspirações mais leves. Como na década de 60, o que estava na moda era a corrida espacial, a arte se apropria do tema e se funda em formas alusivas a foguetes espaciais. Em relação à vestimenta, podemos observar o figurino hippie, tais vestimentas não exigiam muita sofisticação. Estavam na moda estampas floridas e tecidos confortáveis. O que fazia da vestimenta hippie algo descontraído e de paz e amor, contra o monopólio das grandes indústrias. Nesta mesma década de 60 surge também um movimento denominado de “Contracultura”. Este movimento dos jovens europeus e americanos consistia em negar tudo que a moda e a sociedade tinham como padrão. A contracultura ia desde música e moda até chegar a um patamar agressivo comportamental. Na contracultura podemos observar a intolerância para com os demais indivíduos que não compartilhavam dos mesmos ideais dos jovens participantes da contracultura, ou seja, tudo que era tido como comportamento estereotipado normal era excluído pela contracultura, mesmo que fosse preciso usar de violência para obter tal exclusão. A partir de 1970 entra no cenário mundial uma forma de arte nova que veio a se chamar de “Pop Art”. A pop art começou a transformar objetos de tamanho normais em gigantescos e de cores intensas. Além do fato de defender a união da vida e da arte, ou seja, para a pop art, a arte imita a vida e vice e versa. Como maneira de expressão tal pensamento filosófico a pop arte usou recursos como quadrinhos, TV, pintura, música, etc. Nas esculturas usaram-se colagens tridimensionais. Um fato interessante é que a pop arte não só se apropria de mitos como também cria vários outros, um exemplo de alguns destes mitos são a Coca Cola, Marilyn Moroe, Elvis Presley e tantas outras pessoas e produtos. Nessa época alguns movimentos sociais são criados, tais como o movimento estudantil, a revolução sexual vem junto com o movimento feminista que ganha mais força nesse período, o próprio movimento hippie ganha mais adeptos e o que podemos ver é que todos estes movimentos criados vão de contra partida a o governo opressor e seus magnatas totalitaristas. A década de 70 é vista mais que qualquer década como a luta dos pequenos grupos contra o absolutismo político-economico que até então assolava as sociedades. Avançando para a década de 80 podemos citar uma importância visível no que diz respeito a nova técnica “Minimalista”, que tem como tendência o uso de poucas cores e figuras geométricas simples. Nas esculturas, os materiais usados são a fibra de vidro, o plástico e o metal e na musica, o minimalismo usa poucas notas e arranjos simples. Entrando nos anos 90 temos um estilo de vida muito peculiar entre os jovens de Seatle, o chamado estilo “Grunge”. O jovem grunge adotava um estilo (em relação a moda) de contracultura. Usavam (usam) sapatos sujos, calças desbotadas e rasgadas, camisas de flanela xadrez, cabelos despenteados e barba por fazer, todas as roupas de um jovem grunge são compradas preferencialmente em brechós, que são lojas de roupas usadas. No que se refere à pintura é nos anos 90 que surge uma nova técnica de pintura corporal chamada de “Body Art”, onde o humano se torna a moldura da obra. Dois exemplos bons de body art são as esculturas vivas (homens robôs ou homens anjos, que se apresentam em várias praças das grandes cidades) e a conhecida “Globelesa” que se torna uma tela viva após a super produção. Praticamente no mesmo período da body art surge também o “Fotorealismo” que consiste em detalhar ao maximo esculturas e pinturas (em paredes ou no chão) de forma que pareçam com fotografias. Já no final da década de 90 a “Street Art” toma conta da paisagem urbana. Inspirada no Hip Hop, sendo a principal forma de espressividade de tal arte os Graffitis em muros ou em camisetas. Este ultimo estilo a que mim refiro é mais urbano e contemporâneo que qualquer outro já citado, o estilo street art passa bem o que vem a ser o homem moderno e sua maneira de pensar, agir e vestir. E finalmente chegamos aos dias atuais (ou na contemporaneidade se preferir). Quero deixar bem claro o enfoque que darei as exposições artísticas contemporâneas. Nas exposições de hoje o publico é incentivado a interagir com a obra exposta como tocar o instrumento exposto ou mudar peças de lugar para o outro, dando assim outro formato geométrico e de sentido à obra. Quase não se ver mais molduras ou quadros, o que se vê mais são obras feitas de objetos comuns montados de maneira subjetiva, desse modo o visitante pode dar o significado que quiser a obra que visita. Tais artes são confeccionadas com matéria barata, ou seja, só era considerado arte no século XVIII objetos caríssimos. Com a chegada da chamada era pós-moderna o conceito de arte muda e materiais não tão caros se tornam verdadeiras obras de arte, é o caso de matérias comuns como pedras, madeira, etc. Ao longo dos séculos vimos uma mudança considerável ao que venha a ser chamado de arte. Boudaler certa vez disse que no século XVIII a arte se submetia aos padrões da igreja católica, ou seja, grandes artistas eram patrocinados pela igreja, e tinham que exclusivamente servirem aos interesses clericais, isso muda no século XIX quando o artista expressa sua visão, o seu ponto de vista das coisas e do século XX em diante o artista começa a problematizar a obra e trazendo a realidade social para sua criação. No século XXI continua a idéia de que a arte não só tem seu caráter belo como também pode apresentar uma critica social em suas entrelinhas.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA POP PÓS-MODERNA.

A música existe desde os tempos em que o homem começou a se comunicar e expressar suas emoções com os demais seres de sua espécie. O que quero dizer é que: A música desde sua essência fez e faz o animal homem se construir como sujeito A ou B. O filosofo grego Platão já dizia que a música é a melhor terapia para o homem, com a música nos sentimos melhor. O homem ver na música uma maneira de compreender o que acontece no planeta ou em sua sociedade. A música para o homem, também serve de linguagem expressiva, é na música que o individuo expressa todos seus medos, seus sonhos, sua felicidade, sua tristeza, seu ódio, etc. Enfim, é na música que o humano lapida seus sentimentos. A música independente de seu estilo nos causa comoção. Alguns curtem em alto volume, outros nem tanto, uns gostam de batidas fortes, outros gostam de batidas mais sincopadas, uns gostam da música instrumental, outros das que contém letras políticas, sociais ou amorosas. Existem pessoas que gostam mais, outras que gostam menos, mas o certo é que ninguém vive sem música. Desde pequenos ouvimos música ainda no útero de nossa mãe. Há músicas para todos os fins... Música para guerra, para dormir, para a fé, para namorar, música para correr, para rir, para lembrar e música simplesmente para distrair. A música dita moda, o que comer, o que vestir, com quem andar e para onde ir. Molda socialmente civilizações e nos abre (ou fecha) os olhos para o que está acontecendo ao nosso redor. Sendo nós, sujeitos pós-modernos, ocupados com a correria exacerbada do mundo capitalista, por incrível que pareça ainda arrumamos tempo para a velha e conhecida música, independente do estilo, nacionalidade ou tempo, a música é uma boa companhia nos momentos que queremos ficar só ou quando queremos alguém do nosso lado. E como também sou humano e gosto de música, resolvi fazer uma pequena analise da história da música na época chamada “pós-moderna”, que vai de 1945 aos dias atuais. E como nasci na era pós-moderna e sofro influencia direta desses novos ritmos. Resolvi analisar os ritmos mais vibrantes como o Rock e suas derivações. Pois bem, a música classificada como pós-moderna sofreu varias alterações no que diz respeito à rítmica musical de outras épocas. Nos anos 60, por exemplo; as boates se proliferam, a cor e o néon ganham as noites e surge o ritmo “Disco”. Ao mesmo tempo surge também: The Beatles, que por sinal começam com melodias simples e letras singelas passando posteriormente (influenciados pelo uso de drogas) a letras mais agressivas e melodias mais psicodélicas. Em 15, 16 e 17 de agosto do ano1969 acontece o festival Woodstock, projetado para 50.000 pessoas o festival recebeu cerca de 400.000. Resultado: caos nas estradas, a rodovia que dava acesso a fazendo aonde foi realizado o festival ficou literalmente parada, grande parte do publico abandonou seus veículos e seguiram a pé. Com tanta gente, o numero de banheiros não supria a demanda, a maioria entrou no evento de graça, pois como os ingressos aviam se esgotados, não restou alternativa se não derrubar as cercas. Financeiramente para os organizadores, e confortavelmente para o publico, o evento foi um desastre. Mas, musicalmente o evento entrou para a história e até hoje e lembrado. Acima da música, o festival teve caráter contestador sobre a guerra do Vietnã (1965-1975), pois o publico era formado por pacifistas hippies que não concordava com a guerra. Após o festival a opinião publica resolveu protestar de maneira mais explicita e intervir nas decisões do governo americano. Na década de 60, podemos destacar alguns artistas como Elvis Presley, Bob Marley, Jimi Hendrix, Bob Dilan, Caetano Veloso, Raul Seixas, Elis Regina, Roberto Carlos, etc. A década de 70 veio repleta de psicodélica e pensamentos distorcidos pelas drogas que a cada ano era mais pesada, nessa década as drogas usadas eram na maioria ácidos como o LSD dentre outros e a conhecida maconha da década anterior. Os movimentos musicais criados em 70 foram o Punk e o Rock progressivo (mistura de guitarras com instrumentos clássicos), também podemos citar a Dance Music no cenário de popularidade musical. Com toda essa pscicodélia podemos citar como bandas referenciais Pink Floyd, Kiss, Aerosmith, etc. No Brasil surge a Tropicália, movimento musical criado para mostrar ao resto do Brasil que a musicalidade brasileira não estava restrita só no eixo Rio - São Paulo, que ao contrário do que a mídia e as gravadoras pensavam, existia música e artistas de boa qualidade em outras regiões como, por exemplo, no Nordeste representado pela Bahia. Alguns artistas da Tropicália que se destacam nos anos 70 foram Gilberto Gil, Jair Rodrigues, Tom Zé, Chico Buarque, Jorge Ben. Já nos anos 80, as musicas eletrônicas remixadas por DJs e suas pickup’s, tomava conta das pistas de dança. É também nos anos 80 que o Rock no Brasil chega ao seu auge, da derivação do Rock surge o Hard core (uma espécie de Blues mais acelerado), o Gótico, o Pós-Punk. Do Hard core surge o Metal e do Metal surge o Thrash Metal, Speed Metal, Black Metal, etc. Algumas bandas de destaque nesse período são Metallica, Queen e Red Hot Chili Peppers. No Brasil a cena musical volta para o eixo: Rio – São Paulo e Brasília. Camisa de Vênus, Capital Inicial, Os Paralamas do Sucesso, Biquíni Cavadão, Legião Urbana, Titãs e Ira ganham fama no país. A Região Sul desponta com Engenheiros do Hawaii e Nenhum de nós. A MTV surge nesse período divulgando esses novos sons e cresce, até que na década de 90 a mesma ganha mais força e se estabelece não só no mercado televisivo como também no sonoro, lança discos gravados em seus próprios estúdios. Nesta época surge o movimento Grunge, uma espécie de movimento contra cultural. As bandas de destaque desse movimento foram: Nirvana, Alice in Chains, Pearl Jam, etc. Surgem também grupos politizados, assim como Rage Against The Machine e Sistem Of A Down, que, apesar de serem norte americamos, contestam a política de seu país. Enquanto isso no Brasil, músicos Pernambucanos cansados de não receberem o devido reconhecimento, criam um movimento parecido com a Tropicália, denominado de Mangue Beat. Sua filosofia: tirar o NE do submundo musical e produzir música de boa qualidade, interagindo com o resto do mundo, porém sem esquecer de introduzir ritmo e folclore regional. É desse movimento que saem talentos como Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A e tantas outras bandas não só do estado de Pernambuco como posteriormente de todo o Nordeste, os Malungos (termo denominado aos músicos e fãs do mangue Beat) conseguiram o que décadas antes a Tropicália conseguiu, que as grandes gravadoras olhassem para as outras regiões do país. E é claro, não podemos deixar de destacar as bandas de renome dos anos 90, tais como: O Rappa, Charlie Brown Jr, Los Hermanos, Tihuana, Patu Fu e muitas outras que não consigo lembrar no momento. E por fim, analisando a música Pop atual, vejo um lado positivo, a música hoje não tem pátria, não encontra barreiras ou algo parecido que a impeça de ser executada e divulgada, ultrapassa fronteiras literalmente. Porém, vejo também uma falha em tanta liberdade. Podemos observar um efeito reverso, pois o que notamos hoje é a ridicularização da música. A mesma (para mim) caiu em grande tristeza, diria até, decepção. Pois até agora o que estávamos sentindo era uma evolução gradativa da música e seus ritmos. Na atualidade isso muda, quando o Punk Rock dá lugar ao Pop Rock e bandas com letras de caráter lúdico como Green Day, Off Spring e Blink 182 se disseminam mais e mais e tocam Rock só por tocarem, as letras não fazem mais os jovens pensarem ou agirem politicamente, se resumindo assim em frases que não dizem nada de importante e pensamentos que levam ninguém a lugar algum. Escutando bandas como as Pop Teen’s tipo: Spice Grils, Five e Backstreer boy, Rouge e Bros’z, ou as Emocore Simple plain ou NX0, os jovens perdem seu caráter contestador perante a sociedade e seus problemas. Não é preciso ser nenhum especialista para perceber que os jovens ficam as segas para os problemas que existe no seu bairro, na sua cidade, etc. Ao escutarmos estes lixos plastificados, nós mesmos, fechamos os olhos para nossos problemas reais e ficamos (nem que seja por 3mim) alienados. Mas como toda história, tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, a época atual também é importante, pois percebemos que o Rap brasileiro é bem mais presente no nosso cotidiano. Figuras como Gabriel o Pensador, MV Bill e Racionais MC’s fizeram com que o pré-conceito existente com os Rappers, a cada dia diminua mais, o estilo Rap e Hip Hop hoje é assimilado pela mídia e começa a surgir em novelas, filmes e seriados, não mais como o bandido, mas sim, como o jovem trabalhador da periferia, jovens que são a maioria em nosso país, mas isso é outro assunto... Aonde e quando vai parar essas fusões e adaptações rítmicas não sei lhe responder, acho que só parará quando no homem não existir mais criatividade, ou seja, nunca! E Para terminar, queria deixar aqui registrado também a minha influência cultural que recebo da música de alguns grupos musicais. É amigos, eu também sou influênciado por meus ídolos, afinal, quem não é?