segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O muro caiu foi? Nem parece!

Toda imprensa esta semana mirou suas câmeras e seus microfones para as comemorações de 20 anos da derrubada do muro de Berlin. Muro esse, símbolo da derrocada do socialismo e da possibilidade histórica que qualquer outro sistema político distinto do capitalismo vigorasse. Contextualizando um pouco os fatos, tomamos como exemplo o final da Segunda Guerra Mundial. Após o exercito vermelho ter (heroicamente) resistido à invasão alemã no front oriental, o sistema nazista definhou ocasionando assim o final do conflito. O que fazer então com a Alemanha, como organizá-la politicamente no pós guerra?

Resultado: o país foi dividido em quatro zonas de influência entre norte-americanos, ingleses, franceses e soviéticos, ou seja, os países aliados. Pela divisão, a capital Berlim, até então se encontrava pertencente ao território controlado pela União Soviética (URSS). Estas informações podem ser encontradas nas atas das conferências de Ialta, Potsdam e Teerã, lá também está registrado o repúdio da URSS sobre a cogitação (proposta pelos norte americanos) da divisão da capital para todos os países aliados, os EUA adotaram esta estratégia pelo simples fato do sistema comunista se encontrar em evidencia e conquistando mais países europeus. Como já foi dito, a União soviética era contrária a essa divisão, sua proposta era instalar um governo provisório, sem divisão do território, que organizasse em dois anos um processo eleitoral nacional. Os demais aliados, temerosos que o país caísse nas mãos dos comunistas, exigiram o modelo imposto pelos norte americanos. Então por que “mulesta” os camaradas soviéticos acabaram cedendo e aceitando a divisão? Pelo bem da aliança que, por sinal, derrotou o nazi-facismo.

Outro golpe sofrido pela URSS foi o não cumprimento do acordo proposto dentro da política de reestruturação da Alemanha, a tarefa ficou com os Estados Unidos da America, tendo em vista que a União soviética perdeu não só soldados do exercito vermelho, como também muito da economia e estrutura física, pois, o território soviético foi um dos fronts, a contra ponto os Estados Unidos lucrou muito, pois não sofreu embates em seu território. Resumindo: os norte americanos investiram apenas em sua área de domínio, excluindo desse processo, as demais áreas. Em 1947, entra em vigor o Plano Marschall e junto com ele a Guerra Fria que dividiu literalmente o mundo em dois blocos, de um lado Comunistas e do outro capitalistas. Para completar, em 1949 era criada a República Federal da Alemanha. Berlim então como um bolo, foi dividida, alguns convidados da festinha pegaram o pedaço com a cobertura, enquanto outros ficaram com a fatia de baixo, a queimada!

O muro e seus 66 km foi construído em praticamente um dia, pois, essa foi a alternativa encontrada para tentar frear o Capitalismo. Não bastasse a perda humana, material e financeira na 2ª Guerra, a URSS estava perdendo a batalha ideológica para o sistema Capitalista. Enquanto a disputa ideológica corria solta no ar através de propagandas, pessoas foram separadas de suas famílias e amigos por quase trinta anos. Foram várias as formas de tentar atravessar a barreira, porém, poucos conseguiram. Durante esse período 80 pessoas morreram e 142 ficaram feridas ao tentar ultrapassar o muro.

O muro de Berlim, de certo modo foi, durante algum tempo, marco de resistência e de equilíbrio entre dois sistemas. Hoje, há vários outros muros físicos ou não. A titulo de informe vale a pena citar o muro da fronteira Estados Unidos/México, muro esse que por sinal, mata por ano a mesma quantidade de pessoas que o muro de Berlin matou durante seus 29 anos de existência. Também podemos usar como exemplo o não menos excluidor, muro de Israel, muro esse que fere o direito de autonomia cisjordaniano. No sistema Capitalista temos vários outros muros sociais, entretanto falhamos diariamente quando esquecemos ou naturalizamos a competividade desleal a qual somos fadados a passar todo santo dia. Acho que deve-se sim ser comemorada a queda do muro, pois todo muro é uma maneira de exclusão. Porém devemos derrubar os outros muros que estão aí em nossa frente e na maioria das vezes finjimos não vê-los!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SOLDADO VERMELHO (part. 3)





















Crianças pagam, sem nada ter culpa
Elas aprendem com nossos erros
Que uma infância mal vivida
Sempre deixa no peito uma ferida
E uma vontade de gritar!

Tem que pagar pra tudo; pra comer, pra beber
Tem que pagar pra falar e até pra ficar mudo
A verdade é incerta, então é melhor ficar alerta
E não dormir na trincheira de combate
Com palavras ou peixeira, combater na primeira fileira
Sem temer aos ataques

São um bando de covardes
Pois, destroem nossas esperanças
Não somos mais crianças, agora somos soldados
Cansei de ficar parado e de peito aberto vou lutar!

Atirando nos preconceitos, sei que ninguém é perfeito
Mas tentar mudar não é defeito
O que não pode é ficar do jeito que está!

Vou mandar tudo pro espaço
E com tua raça capitalista sanguessuga acabar
Pois não compartilho da tua tática
Se o passado já foi e o futuro virá
O presente está aí, temos que aproveitar

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

BANDEIRA VERMELHA (part. 2)















Crianças soltam sorrisos de luz
Com naturalidade e bondade no coração
Ainda há soldados com coragem, medo e saudade
Em suas mentes, esperança e ilusão


Como uma criança, procuro a terra onde o sol não é de um só
E a sombra não seja só para o patrão
Acredite em seus sonhos e duvide da crença
Deseje, tenha força de vontade
Sempre longe da maldade
Com criatividade é que se faz a ação

Lute contra a correnteza
Vá em busca da certeza de que isso um dia irá mudar
Acredite no que te dá prazer e te faz viver
Não seja mais um corrupto ladrão

O outro lado do muro é sempre o lado de dentro
É impossível repetir o que só acontece uma vez
Entretanto, é possível mudar o que acontece toda vez
Infelizmente ainda nos enganam na maior cara de pau
Vendem suas almas
Pensamentos negativos e ambição
Compram nossas almas por fama e alienação

Não pisa no meu calo, a mente está com a razão
Não pega na minha mão
Porque depois da queda, vem o coice
Vocês não têm a menor compaixão
Porém acredito que o melhor remédio pra prego
Ainda é a foice e o martelo

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CAMISA VERMELHA (part.1)
















Crianças brincam com soldados de plásticos
Soldados brincam com vidas humanas
Crianças soltam sorrisos e esperança
Soldados soltam bombas e tiros
Amigos se tornam inimigos
Jovens se tornam velhos vencidos

Vaidade e egoísmo, um casal perfeito
Tantos defeitos e nenhuma qualidade
Destes sentimentos, está cheia a cidade
Infelizmente, é a verdade, a veracidade
De um lugar doente, raivoso e mortal

Perigo real!
Sofrer, já não faz tão mal
Desde que seja o outro que morra
No jornal é sempre a mesma coisa
Rico cada vez mais rico
E pobre cada fez “mais mau”
Direito igual?
No meu país tem
Mas só para a mesma classe social

Dê um basta!
Vista a farda vermelha do que para eles é “imoral”
Mate o pré conceito econômico-social

E lembre-se bem;
Ninguém melhor que você
Pra mudar a realidade do seu local!

terça-feira, 28 de julho de 2009

E se eu não quiser ser salvo por vocês ?

Seria cômico se não fosse preocupante. O mundo está em crise, seja ela econômica, de identidade ou social. Pois bem, falarei de uma preocupação minha para com o campo social. Com o crescimento surreal do sistema capitalista, o mundo entrou em colapso, a população só pensa em ganhar mais e mais, em se dá bem em cima dos outros, ganhar pra gastar, gastar pra ter estatus e ter estatus pra humilhar o economicamente inferior. Sendo assim, nos encontramos vivenciando uma época de turbulência no que diz respeito aos valores humanos, ou seja, dentro do contexto econômico ao qual a gente está inserido quanto mais passar o outro pra trás melhor.

Não quero aqui pregar o Socialismo (se bem que acho ainda a mais viável organização social para sairmos desse caos), mas quero registrar a falta de escrúpulos do mundo, alguns podem me chamar de sensível, sonhador e até utópico. Acho que sou isso mesmo, porém não sou o único e a cada dia (graças à crueldade de uma boa parte dos terráqueos), muitos outros se juntam ao grupo dos “Utopistas”, outros preferem se juntar ao grupo dos “pseudo fieis”. Esse segundo grupo se apega a alguma espécie de religião ou cresça para tentar amenizar as dores da vida, ou seja, tais pessoas se agarram em dogmas hipócritas que servem pra nada mais nada menos como controle social. Enquanto se confinam em igrejas, mesquitas e templos, estes supostos fiéis crêem apenas no pagamento do dizimo como a única salvação eterna, enquanto seus cultos, missas e pregações a cada dia mais lotados se transformam numa espécie de anestesia alienante. Pessoas essas que, se denominam fiéis seguidores de um Deus, ao saírem de seus “templos Sagrados” e terminarem suas orações, esquecem de tudo o que sua religião prega e agem de forma inversa que o seu Deus os ensinara. Sem o menor pudor nem algum remorso, continuam ganhando dinheiro em cima de quem realmente trabalha, insiste na não solidariedade com o próximo e vai além, fingindo que o próximo nem existe. Indivíduos esses que se trancam em verdadeiras fortalezas, no conforto do “lar doce lar” estão “cagando” se o morador de rua sente frio se a criança abandonada se droga ou sente frio, se o agricultor tem terra e semente pra plantar, etc. Essas pessoas preferem enganar os menos informados com dogmas ultrapassados e usam o nome de um Deus (e todo seu pantaleão) em favor de beneficio próprio, em pró do seu próprio conforto e comodidade. É preciso ter cuidado com esses falsos “profetas”, pois tais pessoas têm o poder da oratória a seu favor e não medem esforços para te puxar para dentro de sua “teia” dogmática, e, se você não ficar atento a isso logo logo será mais um com visão limitada sobre os acontecimentos político-sociais que circundam o mundo. Quando se chega a esse estágio, o “devoto” não tem mais opinião própria, já se encontra “contaminado” pelo poder de persuasão que os chamados “propagadores da fé” lhe empurraram de goela a baixo!

É preciso sempre ficar atento as entrelinhas históricas e perceber que os paradigmas religiosos não são tão “sagrados” assim, pois são criados por seres humanos para o controle social de outros seres humanos. Portanto, o processo é falho, não é tão cristalino e verdadeiro assim como se é levado a pensar. Sou da opinião que religião não importa, o que importa mesmo é ser um bom ser humano, solidário com o próximo, respeitar a natureza e nunca se sentir superior a qualquer outro ser, pois somos todos parte de um mesmo sistema, sistema esse constituído principalmente por moléculas de átomos e H2O. O que importa não é a religião que você crer, mas crer em uma força maior que vai além de qualquer religião criada pelo simplório ser humano.

domingo, 26 de julho de 2009

Suícidio

Dos assuntos polêmicos que permeiam o mundo, o suicídio é um dos mais polêmicos possíveis. Hoje (principalmente sob os dogmas cristãos ocidentais) é tido como um mal e interpretado como covardia humana. Porém o mesmo em outros tempos e por outras sociedades não foi tratado de forma tão desprezível assim. A história nos mostra que o ato de tirar a própria vida, por diversas civilizações em diversos períodos foi um ato nobre e de coragem. Na Grécia e Roma antiga, só quem “podia” se matar eram os nobres e/ou políticos. Geralmente o suicídio era praticado através da perfuração, seja ela de faca ou espada. Porém, havia, entretanto, o suicídio por picada de animal peçonhento, a exemplo temos Cleópatra que se deixou ser picada por uma serpente. Além dessas duas formas, havia também a morte por envenenamento (essa ultima considerada menos nobre).
No oriente existiu uma espécie de código samurai denominado de Bushidô, proveniente das palavras ‘Bushi’, que significa "guerreiro", e ‘Do’ que significa "o caminho". Bushidô significa então: "o caminho do guerreiro". Sendo assim, só os grandes guerreiros Samurais poderiam cometer suicídio. O suicídio do Samurai só ocorria quando o mesmo não se sentia mais apto a defender as fronteiras de seus senhores. Portanto, o suicídio só era aplicado em ultima instancia.
No mundo musical o suicídio mais polemico é o do cantor e ex líder da extinta banda americana de Grunge, Nirvana. Kurt Donald Cobain (supostamente porque há controvérsias e no processo causa morte) teria cometido suicídio no dia 05/04/1994, com um tiro de espingarda na cabeça, porém, a quantidade de heroína encontrada em seu corpo era tão elevada que se tornaria impossível alguém ter forças para puxar o gatinho. Contradições e desconfianças a parte, o fato é que Kurt Cobain morre deixando uma carta escrita em vermelho, além de uma legião de fãs “órfãos” por todo o mundo.
No Brasil, o suicídio mais famoso se encontra no campo político. Na época o então presidente Getulio Dorneles Vargas, envolvido em várias polemicas, como ultimo recurso decide cometer suicídio no dia 14/08/1954, suicida-se com um tiro no coração, em seu quarto, no palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro (então Capital Federal). Vargas é conhecido também pela frase que deixou em sua carta de despedida: “Saio da vida para entrar na História”. Outro “suicídio” brasileiro famoso foi em 24/10/1975. A morte do jornalista (na época ocupando o cargo de diretor jornalístico da TV cultura) Vladimir Herzog. Em pleno regime da ditadura, o mesmo foi preso sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), na época classificado pelos militares de ilegal, fichado no Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) como subversivo, foi fortemente torturado até a morte. Os militares tentaram “maquiar” o fato e atribuir sua morte a um suposto “suicídio”, porém exames posteriores revelaram que o corpo do jornalista havia sofrido tortura e se encontrava com vários hematomas.
Como vimos, o suicídio muda o curso da História, seja ele questão de honra tal qual no período greco-romano e na época dos Samurais ou jogo político. Atualmente, segundo os paradigmas da crença cristã, o suicídio é visto como algo desprezível, imperdoável e considerado um dos pecados mais graves. Mas, se segundo a própria crença cristã, Deus nos deu o livre arbítrio para escolhermos o que queremos na vida, porque não podemos escolher se queremos continuar nesse mundo ou não. O suicídio é polemico por essência, afinal, quem melhor que ele para bater de frente e desafiar os padrões socioculturais modernos?

sábado, 25 de julho de 2009

Legalizar é a Solução?

Cheguei há um tempo atrás nesse dilema. Com tantas drogas sintéticas e pesadas surgindo no “mercado” a cada dia, será que a maconha é tão prejudicial assim? Vimos na ultima década que o êxtase, os anabolizantes e principalmente o crack encabeçam uma lista bastante numerosa de mortes e crimes. São drogas que quando não matam causam um estrago tremendo, destruindo lares e tirando o sossego de famílias inteiras. Se nas décadas de 60, 70 e 80 o que “estava na moda” era o LSD, a cocaína e a heroína, hoje notamos que as drogas estão muito mais destrutivas e cada vez mais viciantes. Alguns colocam a culpa na crise existencial e na correria pela busca de dinheiro e respaldo profissional dos “tempos modernos”, outros põem a culpa na falta de Jesus e por aí vai...
Acredito eu, que se a maconha voltasse a ser legal novamente a sociedade como um todo ganharia mais do que perdia nesse jogo, com isso quero dizer que: Enquanto a maconha é criminalizada o tabaco é legalizado. Se partirmos para o campo cientifico veremos que o tabaco é muito mais prejudicial, pois tem mais de 4.700 substancias tóxicas ao organismo humano. O que ocorre é que o cigarro de tabaco gera imposto e renda. Enquanto acaba com a vida de muita gente destruindo o nucleo familiar, o tabaco “engorda” os cofres do governo. Porém a formula não é tão simples assim, há também o paradoxo de que, se gasta mais com os tratamentos do tabagismo que se arrecada com impostos sobre o mesmo, então porque não proibir o tabaco também? Há todo um jogo político em cima disso. A Sousa Cruz, por exemplo: Maior fabricante e fornecedora da America não está nem um pouco interessada em fechar suas portas.
Há também o discurso burguês de direita argumentando que o suo da “Marijuana” financia o trafico de armas e conseqüentemente a violência urbana, é, pode até ser, mas se a maconha estivesse na legalidade nenhum usuário (assim como o do tabaco) precisaria ir ao traficante pra comprar nem se esconder pra fumar. Porém nos bastidores da política falocentrica brasileira existe a hipocrisia da não legalização pelo simples fato da Cannabis Sativa não gerar renda aos cofres públicos, pois, uma vez na legalidade a planta poderia ser cultivada na própria residência do usuário. Outra contradição é o fato inegável do contrabando (na maioria das vezes vindo do Paraguai) de cigarros tabagistas, gerando assim também uma não arrecadação tributária. Além do mais há o fato de que, se no cigarro industrial legalizado já contém milhares de substancias tóxicas imagine nesses cigarros de origem duvidosas provindos do contrabando, cigarros esses que segundo pesquisas, continham fezes e até restos de animais mortos!
Outro engano também é achar que o Cânhamo não gera renda nem imposto. Cientificamente foi provado que a celulose extraída da planta macho (na planta macho não há a substancia psicoativa Tetrahidrocanabinol (THC), é (se não me engano) 3 vezes mais rica em produção que a do eucalipto e tantas outras arvores que são usadas na indústria mundial. Por exemplo: ao invés de derrubar florestas e mais florestas para o cultivo de eucalipto, cultivo esse que demora no mínimo 15 anos para que uma árvore seja utilizada, com a Cannabis o processo e bem menos demorado e poderia gerar até renda para a população do Sertão nordestino, já que o solo é propicio a tal cultivo (a exemplo temos os plantadores de tabaco da região Sul). Tal extração proveniente da Sativa produziria; papel (reciclável), shampoo, roupas, livros, revistas e mais alguns outros produtos.
O uso de maconha foi proibido nos E.U.A em meados dos anos 30, pois, como os produtos provenientes da Cannabis Sativa estavam ganhando mercado, os produtos derivados do petróleo precisavam ter estabilidade em tal mercado, pois o petróleo era (e é ainda hoje) a “menina dos olhos de ouro” do governo americano, governo esse que não está “nem aí” com a poluição no planeta, governo esse que é o maior poluidor mundial e não faz nenhum esforço para mudar (que o diga o protocolo de Kyoto). Há também uma versão que diz que o uso de maconha nos Estados Unidos foi proibido pelo fato dos imigrantes mexicanos consumirem demasiadamente, tornando assim a produção (nas fabricas e fazendas americanas) mais lenta. Seja por qual motivo for, após a proibição nas terras do “Tio Sam” a Europa resolveu proibi-la também, porém na Holanda é legalizada, tendo até parques e praças especificas para o consumo da planta. No Brasil uma lei de 1830 proibia o uso da erva, porém tal lei não foi levada muito a sério, entretanto, em 1920 entrou em vigor uma lei mais rígida e o consumo nas terras Tupiniquins se tornou ilegal. Mas só em 1960 a organização das Nações Unidas (ONU) recomendou a proibição em todo o mundo.
O uso da planta asiática para fins medicinais e religiosos (até onde se tem registro) datam de 2.723 a.C, é usada principalmente como agente antiemético, estimulador de apetite, podendo ser usada em casos de Alzheimer, câncer terminal e HIV no aumento de peso. No Brasil já vigora uma lei onde o usuário/consumidor não fica mais em reclusão (preso), quando pego com pequena quantidade para uso pessoal. Também não há pena de prisão para quem semeia, cultiva ou colhe as plantas. O artigo 28 da lei nº 11.343/2006, de 23 de Agosto de 2006 prevê novas penas para os usuários de drogas. As penas previstas são: Advertência sobre os efeitos das drogas; Prestação de serviços à comunidade. Pagamento de sexta básica ou salário mínimo, ou Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. A mesma lei (artigo 28, § 2º) estabelece o critério para o (a) juiz (a) avaliar se uma quantidade se destina ao consumo ou não. O juiz deve considerar os seguintes fatores: o tipo de droga (natureza), a quantidade apreendida, o local e as condições envolvidas na apreensão, as circunstâncias pessoais e sociais, a conduta e os antecedentes do usuário. Porém esse critério é subjetivo e fica a caráter do (a) juiz (a).
Deixando um pouco de lado as questões políticas, religiosas e socioculturais e partindo para a o campo biológico, a Cannabis Sativa nada mais é que uma planta, uma erva provinda do continente Asiático que hoje se encontra em praticamente todo o mundo. Então deixemos de hipocrisia e vamos criar legislações que punam realmente os criminosos, sejam eles engravatados ou não.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

1 ano...

Um ano de Impunidade
Um ano de Angustia
Um ano de Dor
Um ano de Saudade

365 dias de Partida
365 dias de Despedia
365 dias de tua Ida
365 dias de tua não Vida